Gostei bastante deste artigo sobre confiança, ou melhor auto-confiança.
Toda a gente deveria ter auto-confiança.
Se calhar digo isto porque eu próprio sou confiante – daí tender a pensar que todos deveriam ser confiantes. Na minha primeira licenciatura, existiu uma frase que eu disse nos primeiros exames e que ficou comigo até ao final do curso, aparecendo inclusivé na caricatura de curso: “à confiança”. Precisamente porque, fosse ter 100% ou 0%, ia sempre confiante do que sabia (quando não sabia nada, sabia que não o sabia).
Por outro lado, a ideia que tenho é que a falta de confiança, leva a falta de auto-estima, a stress, ansiedade, depressão e a vários outros problemas psicológicos. Daí achar que “não há necessidade” (entre aspas, porque não se consegue controlar) de existir falta de confiança, porque, para mim, só traz negatividade.
O artigo aponta 8 características que as pessoas têm ou deveriam ter para serem confiantes.
1. Não procuram atenção ou elogios: pessoas seguras de si mesmas, procuram oportunidades para celebrar o sucesso de outras, e não têm medo de o fazer.
Curiosamente, vejo muito disto nos EUA (no ambiente académico).
2. Não têm desculpas: as desculpas são vistas como ações para evitar a responsabilidade ou a culpa. As pessoas altamente confiantes não têm receio de dizer que erraram e de se responsabilizar pelos seus atos. Nem se preocupam em arranjar desculpas para se justificar.
Aprendi isto primeiramente no Reino Unido e depois nos EUA (mais uma vez, em ambientes académicos). Daí verem muitas vezes eu assumir os meus erros. Porque não vejo qualquer problema nisso. Curiosamente, em Portugal, vejo bastante as pessoas a darem desculpas/justificações, e reconheço, não tenho paciência para isso.
3. Não evitam conflitos: os conflitos fazem parte da caminhada para a resolução de um problema.
Quem lê o AstroPT há 13 anos, sabe como eu respondo nos comentários (e ao vivo). Por isso, mais uma vez, não tendo a fugir de conflitos. Apesar de entender que, por vezes, isto pode ter resultados negativos.
4. São recetivos à ajuda de outros: as pessoas confiantes procuram e agradecem a ajuda dos outros, até porque é uma forma de aprenderem.
Penso que aqui é bastante importante a pessoa saber o que sabe, mas também ter noção do que não sabe.
5. Não sentem que tudo é uma competição: as pessoas confiantes não consideram a competição como uma forma de serem as melhores, mas sim como uma aprendizagem.
Eu percebo que a cooperação tem imensos aspetos positivos, e, se é verdade que existe muita cooperação, a experiência que tenho americana é que a competição é extrema.
6. Tomam posições: as pessoas confiantes preferem resultados à tranquilidade, mesmo quando a maioria discorda delas. Discordar dos outros não as assusta, é uma questão normal e que faz parte do quotidiano.
Mais uma vez, aprendi isto nos EUA: defender as nossas posições, aquilo que pensamos ser verdade. Independentemente do que os outros pensam. E argumentar no sentido de defendermos a nossa posição.
7. Não falar constantemente sobre si mesmos.
Bem, até por este artigo, aqui falho redondamente.
8. Não acreditam que valem menos que os outros: uma das crenças subjacentes à confiança é que “o meu valor como pessoa é igual ao de todos os outros”. Para as pessoas seguras de si, o mais importante é defender o seu ponto de vista de forma válida, acreditar nos seus sonhos e trabalhar para os atingir.
Neste último aspeto, penso que entra o risco: pessoas confiantes arriscam mais, e daí poderem tirar mais dividendos (ou mais prejuízos).
Se tiverem interesse, leiam o artigo completo, e os links que lá constam, aqui.
Têm artigos semelhantes, com outras características, na Psychology Today e na Inc.
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