Teste do isqueiro demonstra a fiabilidade das máscaras?

Nas redes sociais tem sido fortemente partilhada uma mensagem com um método caseiro para avaliar a fiabilidade das máscaras.

“Acenda um fósforo, vela ou isqueiro e tente soprar para apagar através da máscara colocada.
Se conseguir apagar sem muito esforço, esta máscara não te dá muita proteção.
Se não conseguir apagar, fica provada a eficiência da máscara.”

Ora, testes caseiros não conseguem avaliar se a máscara funciona ou não.
Se testes caseiros fossem fiáveis, não seria necessário utilizar laboratórios competentes, que utilizam protocolos rígidos em experiências científicas controladas.
Obviamente, os testes caseiros não são fiáveis.

Além disso, “não devemos esquecer a função principal das máscaras: filtrar microorganismos de tamanho entre os 10 e os 100 nanómetros. O tal teste caseiro começa por falhar, ao esquecer que as partículas de oxigénio medem apenas um nanómetro, que dificilmente será retido pela máscara.”
É óbvio que as máscaras deixam passar o oxigénio: por isso é que conseguimos respirar através delas. Não deixam é passar os microorganismos, que são maiores que o ar.

Assim, o teste do isqueiro para avaliar a fiabilidade das máscaras é Errado!

No entanto, o teste permite perceber que o fluxo das máscaras não é igual em todas as máscaras.
O ar passa melhor nas máscaras de pano (comunitária). Passa com maior dificuldade nas máscaras cirúrgicas. E passa com ainda maior dificuldade nas máscaras respiratórias.

Mas isto não avalia a fiabilidade das máscaras em relação ao coronavirus.
Para isso, temos a certificação das máscaras pelas autoridades de saúde.

Fontes: Observador, Hora da Verdade.