Os caranguejos-ferradura são muitos antigos. Já estão na Terra há centenas de milhões de anos: chegaram antes dos dinossauros.
Nas redes sociais, anda a ser partilhada uma mensagem que diz que conseguimos desenvolver as vacinas contra a COVID-19 graças a este animal. Devido a isso, o caranguejo-ferradura está perto da extinção.
É verdade que o sangue deste animal, que é de cor azul, “é a única fonte natural conhecida capaz de detectar toxinas que podem ser fatais para os seres vivos.
Quando o sangue as detecta, transforma-se numa espécie de gel.
Como o sangue tem estas propriedades, o animal torna-se num alvo valioso para testar as vacinas e medicamentos.”
Estima-se que se retire o sangue a meio milhão destes seres vivos por ano.
Apesar deles serem devolvidos posteriormente ao oceano, muitos (30%) acabam por morrer e as fêmeas sobreviventes têm mais dificuldade para procriar.
Devido a isto, eles estão perto de se tornar uma espécie em vias de extinção.
Assim, as vacinas contra a COVID-19 não são a única causa.
Testes a outras vacinas e medicamentos também levam à morte destes animais muito antigos.
Infelizmente, ainda que por motivos benéficos para a saúde dos Humanos, parece que o factor humano contribui mais uma vez para a potencial extinção de mais uma espécie de seres vivos.
Estes animais sobreviveram a tudo o que aconteceu no planeta nos últimos 500 milhões de anos.
Podem não sobreviver a uma espécie “inteligente” que chegou há somente 300 mil anos e que se acha o “dono disto tudo”.
Fontes: Hora da Verdade, Scientific American, BBC, Visão, Diário de Notícias, RTP, livro
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