Na primeira vaga, a população (em vários países) agradeceu aos profissionais de saúde com aplausos.
Na altura, considerei um gesto um pouco vazio e com características hipócritas: muitas destas pessoas que aplaudiam os médicos eram as mesmas que passavam o ano a acreditar em tretas pseudocientíficas, contra o conhecimento dos médicos.
Mais do que aplausos, os profissionais de saúde querem maior reconhecimento, melhores condições de trabalho e melhores salários.
Na segunda vaga, a população não quis saber do esforço dos médicos e da exaustão a que os condenou, ao tomar atitudes irresponsáveis que levaram a uma propagação meteórica da COVID-19 e ao consequente caos nos hospitais.
Daí que na altura do pico da pandemia em Portugal, no final de Janeiro de 2021, a médica portuguesa Andreia Castro escreveu, de forma emotiva, um longo texto na sua conta do Instagram a desabafar as suas frustrações e a explicar porque se sentia traída pelos Portugueses – um sentimento que certamente era comum a muitos profissionais de saúde.
Fontes: NiT, TVI, Correio da Manhã.
4 comentários
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Acho que devo abafar o meu anterior desabafo…
O que a indignação nos provoca não pode nem deve servir de escudo à perda do discernimento.
Resumindo, agora estou a reagir, indignado, à anterior indignação.
Eu, fervoroso pacifista, critico acérrimo das armas e de quem delas abusa, como foi possivel sugerir exactamente o oposto?
Mais grave ainda é tudo isto surgir no âmbito de uma tentativa de defesa dos maiores defensores da vida…
Quão frágil é a mente do ser humano! Como é tão fácil saltar do campo da paz para o terror da guerra???
Caros profissionais da saúde: esqueçam a minha fúria e as ingratidões que a geraram, por favor.
Continuem a vossa nobre missão de salvar vidas, até de quem a não merece.
BEM HAJAM!!!
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😀
Carlos Oliveira e a todos os profissionais de saúde:
Como gostaria de ser positivista e não generalizador de comportamentos tão pouco nobres, para usar termos sauves…
Mas, de que estão à espera se a noticia mais importante do momento é a de uma marquise no alto de um prédio de luxo numa Lisboa a cair de podre e cheia de gente a passar fome e a viver em condições ignóbeis???
Que me perdoem a revolta: Preciso de uma arma, para matar uns quantos e que a última bala seja minha…
Já desabafei…
Concordo