Artigo muito interessante, no jornal i, aqui, sobre a ciência dos materiais que nos rodeiam.
Alguns excertos:
“Se olharmos ao nosso redor, vimos que tudo que existe, incluindo nós próprios, é feito dos mais diversos materiais, os quais são constituídos pelos ingredientes fundamentais do Universo, a que chamamos átomos. A única diferença entre os vários materiais são a forma como estes átomos se arranjam e o número de átomos existentes.
Estes materiais que evoluíram ao longo dos tempos, desde a idade da pedra até aos nossos dias, têm sido a chave para a evolução da tecnologia, para a melhoria da nossa qualidade de vida, e um dos principais motores da economia. De facto, têm sido responsáveis por muitas funcionalidades ou propriedades que têm permitido o aparecimento de produtos que nos ajudam na nossa vida corrente e que alavancam o desenvolvimento e a eficiência da indústria.
Os materiais avançados possuem propriedades de engenharia únicas, criadas por processamentos e tecnologias de síntese especializados, dando origem a novos materiais cerâmicos, metálicos, poliméricos de alto valor acrescentado. Na sua grande maioria, estes materiais avançados são a chave para o desenvolvimento de uma economia mais verde, baseada em matérias primas mais limpas, processos de produção mais sustentáveis e produtos finais mais recicláveis.
(…) os computadores e dispositivos portáteis, como telemóveis, não poderiam ter o grau de desenvolvimento que atingiram sem os materiais semicondutores que utilizam. O mesmo se passa por exemplo a nível das células solares. Por outro lado, o armazenamento de energia em baterias nunca teria prosperado se não tivessem sido desenhados e fabricados materiais mais avançados, capazes de armazenar mais energia (…) Outros exemplos relevantes incluem materiais mais leves e mais inteligentes utilizados na construção e na indústria dos transportes. Os exemplos são muitos, porque de facto os materiais avançados estão na base de todos os produtos que conhecemos.
(…)
(…) O desenvolvimento de novos dispositivos eletrónicos, sensores e componentes para esta industria está a sofrer uma revolução com a eliminação do silício e com a introdução dos novos materiais 2D, como por exemplo grafeno, que permitem a construção de dispositivos mais flexíveis, transparentes, leves, totalmente recicláveis, com base em matérias-primas abundantes e portanto mais limpos e baratos.
O setor biomédico e da saúde em geral (…) revestimentos autolimpantes, com propriedades anti bacterianas; novos materiais para implantes mais adaptáveis à dinâmica do corpo humano, novos medicamentos mais inteligentes e com capacidade de identificar por exemplo células doentes e de as curar. (…)
(…)
Afinal de contas, não nos devemos esquecer que temos ao nosso dispor cerca de 118 átomos, dispostos na tabela periódica, para criar novos materiais. Não parecem muitos individualmente, mas quando combinados temos um número com 184 zeros, ou seja, no futuro, quase uma possibilidade infinita de criar novos materiais com propriedades nunca antes vistas.”
Leiam o artigo completo, aqui.
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