“Torradeiras, smartphones e… automóveis, todos estes bens de consumo têm uma coisa em comum: necessitam de ‘chips’, essas pequeninas peças eletrónicas cuja escassez está a fazer parar várias indústrias em todo o mundo. A do automóvel, então, é das que mais sofrem com a falta de semicondutores a nível global.
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Um chip (…) trata-se de um pequeno transístor feito de silício, um elemento da Tabela Periódica, que permite estabelecer e manter ligações elétricas necessárias ao funcionamento de computadores, telemóveis, eletrodomésticos e todo o tipo de aparelhos e equipamentos que se possa imaginar e que trabalhem a eletricidade. Os automóveis necessitam também de chips e apenas uma peça (das mais de 30 mil utilizadas no seu fabrico) pode levar entre 500 e 1500 desses pequeninos semicondutores.
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Tudo se resume à escassez de chips nos mercados internacionais. Resultado imediato da pandemia de COVID-19, que fez disparar a procura por equipamentos eletrónicos pessoais – laptops, smartphones, tablets – até atingir um ponto em que a oferta (dos chips) deixou de ser capaz de satisfazer a procura.
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Aumentar a produção parece ser o único caminho. A Coreia do Sul anunciou em maio deste ano um investimento de 380 mil milhões de euros que tornarão o país num gigante dos chips. (…)
Definitivamente vai ser necessário haver mais e mais chips no mercado. Não é expectável que as indústrias dos computadores, dos telemóveis e dos jogos venham a reduzir as suas exigências – bem pelo contrário. E também a necessidade de chips por parte da indústria automóvel vai crescer em vez de diminuir: um automóvel recorre cada vez mais à eletrónica, e onde houver esta, terá de haver chips. (…)”
Gostei de ler este artigo na revista MUST, aqui.
A nossa dependência de chips é impressionante, e é cada vez maior.
No entanto, temos de refletir sobre as desvantagens: a produção de chips piora bastante os problemas das alterações climáticas, como já discutimos no passado.
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