Questionar tudo
Deve-se questionar tudo.
A própria ciência faz isso. E questiona-se a si própria também.
O problema é quando se questiona isso.
Porque se deve questionar tudo?
Para avaliarmos a situação/experiência em busca de erros, para verificarmos que não caímos em lógicas falaciosas, para analisarmos se seguimos a racionalidade ou alguma viés/crença que inconscientemente temos, etc.
A “fase dos porquês” nas crianças leva a alguns questionamentos interessantes…
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
4 comentários
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Sempre me questiono, e erro diversas vezes – você não erra?
Mas tenho visto diversos estudiosos e especialista (aparentemente) sérios que contestam tanto a vacina quanto (algumas) das teorias de Einstein (não errei a digitação desta vez – obrigado).
Mas nunca o vi comentar sobre a menor possibilidade ou probabilidade de terem alguma razão. Será que tanto a vacina quanto as teorias de Einstein são tão infalíveis e certas quanto as faz parecer? Sem nenhuma chance de estarem erradas? Nem parcialmente? Sem discussão?
Afinal, a teoria do geocentrismo desenvolvida pelo astrônomo grego Ptolomeu permaneceu como certa durante muito tempo, mas acabou caindo, assim como tantas outras.
Espero, sinceramente, que estas vacinas não causem nenhum efeito colateral terrível e sem retorno, confiando na honestidade da indústria farmacêutica mundial, e se infelizmente causarem, gostaria de ver você se retratar humildemente e dizer: “eu errei – desculpem-me, todos vocês a quem eu convenci a tomar esta maldita vacina”. Você faria isto? Com certeza?
Meu questionamento foi apenas contra considerar algo como se fosse líquido e certo, e você imediatamente me criticou, justamente contrariando o que você mesmo disse na sua própria matéria “Questionar tudo”.
Imagino que você me responderá então: “só questione se você souber o que está questionando, como Eu sei, caso contrário, não questione, e não me faça perder o meu tempo”.
Eu mesmo concordo com você: acho que a vacina deve ser tomada, e confio nas teorias de Einstein, mas não 100% como você parece confiar.
Sua matéria deveria se intitular “Questionar quase tudo”, e não tudo, para ser mais exato!
Author
“Sempre me questiono, e erro diversas vezes – você não erra?”
Nunca erro quando me questiono.
“Mas tenho visto diversos estudiosos e especialista (aparentemente) sérios que contestam tanto a vacina quanto (algumas) das teorias de Einstein (não errei a digitação desta vez – obrigado).”
Essa é a frase preferida de Trump: “Muita gente diz…”
Há muita gente a dizer que a Terra é uma pêra… eu até posso dizer dizer que são estudiosos e especialistas… do YouTube…
Se não disser quem é… é irrelevante dizer que há muita gente a dizer X.
“Mas nunca o vi comentar sobre a menor possibilidade ou probabilidade de terem alguma razão.”
Não comento muita gente. Comento dados.
“Será que tanto a vacina quanto as teorias de Einstein são tão infalíveis e certas quanto as faz parecer? Sem nenhuma chance de estarem erradas? Nem parcialmente? Sem discussão?”
Sim.
Com discussão: é feita constantemente na ciência. É isso que se faz na ciência. Não leu o meu comentário?
Preferiu comentar sem ler, novamente?
“Afinal, a teoria do geocentrismo desenvolvida pelo astrônomo grego Ptolomeu permaneceu como certa durante muito tempo, mas acabou caindo, assim como tantas outras.”
Sim, por razões ideológicas e religiosas.
Por razões científicas, já se sabia há centenas de anos que o heliocentrismo era mais plausível.
Tem que ler história…
“Espero, sinceramente, que estas vacinas não causem nenhum efeito colateral terrível e sem retorno, confiando na honestidade da indústria farmacêutica mundial”
Confie nas experiências.
“e se infelizmente causarem, gostaria de ver você se retratar humildemente e dizer: “eu errei – desculpem-me, todos vocês a quem eu convenci a tomar esta maldita vacina”. Você faria isto? Com certeza?”
Se ler os meus comentários, sabe a resposta a essa pergunta.
Mas note, a eficácia das vacinas está comprovada. Mais do que o Ronaldo ser uma pessoa.
“Meu questionamento foi apenas contra considerar algo como se fosse líquido e certo, e você imediatamente me criticou”
Claramente, não sabe ler.
Se soubesse ler (entenda-se: interpretar corretamente o que está escrito), percebia que eu concordei consigo, incluindo no questionar-se tudo.
E corrigi-o, porque claramente não sabe que Einstein e as vacinas se questiona (cientificamente) constantemente. Não o critiquei, corrigi-o!
E, por fim, recomendei-o a fazer exatamente isso: questionar tudo. Que inclui questionar-se a si próprio… que claramente também não o fez.
“só questione se você souber o que está questionando”
Obviamente, as excelentes questões científicas dependem de um bom conhecimento científico.
Mas as questões de leigos, por vezes também dão boas discussões científicas.
“não me faça perder o meu tempo”
Se eu achasse que estava a perder tempo, não lhe respondia…
“Eu mesmo concordo com você: acho que a vacina deve ser tomada”
Estamos de acordo.
“e confio nas teorias de Einstein, mas não 100% como você parece confiar.”
A 100% nem eu confio que existo.
A vacina tem uma percentagem já muito divulgada sobre a sua eficácia. Isso está por demais estudado. E como já expliquei várias vezes, não é 100%.
Quanto a Einstein, se ele estivesse 100% correto sobre tudo, a cosmologia morria. A curiosidade, e por consequência, a ciência, só é produtiva porque existem sempre coisas mais além para descobrir.
“Sua matéria deveria se intitular “Questionar quase tudo”, e não tudo, para ser mais exato!”
Questione o que acabou de dizer. Se o fizer, poderá “ver a luz”.
abraços
Questionar tudo, menos as vacinas e Eistein…???
Author
Questiona-se tudo, incluindo vacinas e Einstein (que leva “n”).
Por isso é que há centenas de artigos científicos sobre as vacinas. Convido-o a ler esses artigos e a estudar academicamente para fazer experiências devidamente científicas com elas.
E por isso é que todos os anos lê notícias do género: “Einstein confirmado de novo”. Porque as previsões de Einstein continuam a ser colocadas em causa pelos cientistas (que sabem do assunto) e as experiências que fazem dão um resultado positivo para Einstein.
Mesmo sem ser cientista, pode fazer pequenas experiências, mesmo não sendo devidamente efetuadas (porque não são duplamente cegas nem revistas por pares).
Por exemplo, pode contar o número de pessoas que tomou as vacinas e tentar saber quantas é que se transformaram em jacaré. Por aí já vê se a vacina tem esse efeito secundário ou não.
Pode também utilizar um GPS e tentar ver se Einstein se enganou.
Por último, questionar tudo inclui questionar-se a si próprio: questionou-se a si próprio antes de escrever este comentário? É que dá ideia que não…