O Instituto Nacional Doutor Ricardo Jorge (INSA), em conjunto com a Direção-Geral da Saúde, divulgou os dados da pandemia de Novembro e Dezembro de 2021.
Note-se que isto não são estimativas, nem amostras baseadas em percentagens de população.
Estas conclusões são baseadas em dados reais, factuais, do que aconteceu em Novembro e Dezembro de 2021, em termos de COVID-19, em Portugal.
Em Novembro, em termos de hospitalizações: “Os casos com esquema vacinal completo parecem apresentar um risco de hospitalização aproximadamente 2 a 5 vezes inferior aos casos não-vacinados”.
Para o grupo etário de 80 ou mais anos, “por cada 100 casos sem esquema vacinal completo, cerca de 19 casos foram internados. Por cada 100 casos com esquema vacinal completo (duas doses), cerca de 8 casos foram internados”. “Ou seja, o risco de internamento neste grupo etário, para os casos com um esquema vacinal completo foi menos de metade relativamente aos casos sem um esquema vacinal completo. O risco de internamento para quem tem dose de reforço é metade do risco de internamento de quem tem vacinação completa”.
Em Dezembro, em relação aos óbitos, o documento indica que ocorreram 171 mortes (46%) em pessoas com o esquema vacinal primário completo (duas doses), 168 óbitos (45%) em não-vacinados ou com a vacinação incompleta e 32 mortes (9%) naqueles que tomaram a dose de reforço. Os não-vacinados têm um risco de morte 3 a 6 vezes maior do que os vacinados.
Nos casos diagnosticados em pessoas com idade igual ou superior a 80 anos, o documento refere que “por cada 100 casos sem esquema vacinal completo, cerca de 20 casos morreram, por cada 100 casos com esquema vacinal completo, cerca de 7 casos morreram e por cada 100 casos com esquema vacinal completo e a dose de reforço, cerca de 1 caso morreu”. Isto significa que nesta faixa etária, “a dose de reforço reduz o risco de morte por COVID-19 quase 6 vezes em relação a quem tem esquema vacinal completo (duas doses) e reduz mais de 18 vezes o risco de morte em relação aos não-vacinados ou com esquema incompleto”.
Estes dados são muito semelhantes a outros países, como temos mostrado em vários posts.
Por exemplo, na Catalunha (região de Espanha, que tem uma população um pouco menor que a Portuguesa), os dados mostram que o risco de hospitalização é 3 a 6 vezes maior para quem não está vacinado.
Outro exemplo: na Suíça, em Dezembro de 2021, os dados mostram que o risco dos não-vacinados falecerem por COVID-19 é cerca de 20 vezes superior.
“(…) morriam 16,14 pessoas não-vacinadas por 100 mil habitantes, enquanto as vacinadas eram 0,78 por 100 mil habitantes. Trata-se de um número 20 vezes inferior. Ou seja, a probabilidade de um não-vacinado morrer, relativamente à de um vacinado, era 20 vezes maior.”
Em países europeus com baixa vacinação, a taxa de letalidade (óbitos de infetados com COVID-19) é enorme.
“Na Bulgária, que só tem 28,2% da população vacinada, foram registados 535 óbitos no período entre 7 e 13 de janeiro, o que levou o país para uma taxa de letalidade de 1,51%.
Essa taxa é ainda mais alta na Polónia (2,65%), onde no mesmo período morreram 2.272 pessoas.
“Em sentido contrário, um país como Portugal, como um nível alto de vacinação, apresenta uma taxa de letalidade de 0,06%.
Com efeito, tendo mais 33% de população, Portugal apresenta 3,5 vezes menos mortes na semana em questão em relação à Bulgária, sendo que a taxa de letalidade está 25 vezes abaixo da verificada naquele país.”
As vacinas são eficazes!
As vacinas funcionam!
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