“A alergia à água, conhecida cientificamente como urticária aquagênica, é uma doença rara na qual a pele desenvolve manchas vermelhas e irritadas pouco tempo após o contato da pele com a água, independente das sua temperatura ou composição. Assim, pessoas com esta condição geralmente apresentam alergia a qualquer tipo de água, seja do mar, da piscina, do suor, quente, fria ou até a filtrada para beber, por exemplo.” (in Tua Saúde)
Esta semana, foi noticiado que a jovem norte-americana Abigail Beck, de 15 anos, é alérgica à água (tendo sido diagnosticada no mês passado).
Ela não consegue tomar banho: porque é bastante doloroso, com a água a bater na sua pele.
Ela não consegue andar à chuva, porque é como ácido a cair sobre ela.
Ela tem imensa dificuldade em beber água: daí beber bebidas energéticas ou sumos naturais de frutas. Quando bebe água (misturada noutras bebidas), tem que tomar anti-histamínicos e esteroides contra a reação alérgica.
Ela não deve suar, porque senão fica com o corpo todo “a arder” de dor.
E não deve chorar: as lágrimas ao escorrer-lhe pelo rosto, vão queimando-lhe a pele.
Basicamente, para ela, a água é como se fosse um ácido corrosivo que lhe queima a pele.
No passado, outras notícias do mesmo género foram reportadas, como Danielle McCraven, uma menina de 12 anos, também residente nos EUA, ou a britânica Niah Selway, de 21 anos, que sofrem da mesma doença.
Na verdade, por todo o mundo, estima-se que 1 em 200 milhões de pessoas sofram desta doença.
Existem atualmente 50 pessoas em todo o mundo para quem a água é quase como um ácido.
Fontes: Daily Mail, New York Post.
Os corpos das pessoas são feitos essencialmente de água.
Água é o elemento vital para a vida como a conhecemos, e é por isso que quando procuramos por vida extraterrestre, procuramos em locais onde possa existir água em estado líquido: até caracterizamos esses locais como habitáveis.
No entanto, algumas pessoas são alérgicas a água.
Certamente que outros seres pelo Universo serão alérgicos a água: quiçá funcionará como um ácido para eles.
Da mesma forma que o sangue do Alien era um ácido, uma substância altamente corrosiva, para os Humanos e para toda a tecnologia feita pelos Humanos, não me choca se a água também fôr uma substância corrosiva para outros seres no Universo.
Em astrobiologia, a nossa procura por água é só com base naquilo que conhecemos, na vida tal como a conhecemos.
Mas tendo em conta a enormidade do Universo, quiçá a vida como a conhecemos não seja o “normal”. Quiçá outras moléculas (que não a água) sejam mais eficazes para a formação e manutenção da vida.
E isto não é algo “radical”. Já se fala em potencial vida baseada no metano (e bem estranha) na lua Titã (de Saturno), há mais de uma década.
1 comentário
Tem uma brasileira, gamer, com essa condição. A menina não pode nem tomar banho que logo fica com a sensação de estar em chamas.