Um estudo/inquérito feito a 93 mil pessoas em 46 países mostra um padrão preocupante: as pessoas evitam cada vez mais ver/ler notícias.
As razões para isso são sobretudo:
– as notícias são demasiado negativas (COVID-19, guerra na Ucrânia, custo de vida pior, etc). As pessoas evitam essas notícias, para não ficarem mais deprimidas.
– as notícias não são confiáveis.
Dos 38% de pessoas que disseram que por vezes evitam as notícias, a maioria são jovens com menos de 35 anos.
Um dos países onde mais se evitam as notícias dadas pela comunicação social é o Brasil.
Curiosamente, parece existir uma relação entre evitar as notícias e compreender as notícias: quem tem mais dificuldade em compreender as notícias está mais propenso a evitá-las (evita-se o que não se compreende, porque se fica mais frustrado e confuso com as notícias na comunicação social tradicional).
Isto parece estar diretamente relacionado com os jovens consumirem mais notícias nas redes sociais: além de lerem só as notícias que tenham uma interpretação com que concordam, também as lêem de forma simplificada e fragmentada, o que quer dizer que muitas das vezes essas notícias nas redes sociais não contém aspetos-chave do contexto de modo a serem perfeitamente compreendidas.
78% dos jovens com idades entre 18 e 24 anos, consomem as notícias através das suas redes sociais, incluindo no TikTok.
As pessoas que menos confiam nas notícias encontram-se nos EUA.
Portugal é um dos países onde se confia mais nas notícias, sendo que a Finlândia é o país onde confiam mais.
Fontes: Reuters Institute Digital News Report, Reuters, BBC.
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