Adoro safaris de observação: em que se vê os animais ao longe, no seu habitat natural, sem interferir com a sua vida diária.
Detesto os safaris de caça, em que predadores (humanos) ricos pensam que são donos de toda a vida na Terra.
Também tive conhecimento de safaris humanos.
Por exemplo, os Jarawas são povos indígenas das ilhas Andaman, ao largo da Índia. Devido ao turismo, eles são tratados como “animais num zoológico aberto“.
Num espetáculo deprimente, as auto-proclamadas “pessoas civilizadas” exploram os povos que eles consideram como selvagens.
Ontem, saiu a notícia que existiu um safari humano absolutamente atroz em Sarajevo, na antiga Jugoslávia.
“O caso já tinha sido relatado no julgamento de Dragomir Milosevic.
Um grupo de estrangeiros ricos pagou aos sérvios para matar civis durante a Guerra da Jugoslávia.
Agora, vem a público com testemunhos impressionantes de vítimas e familiares dos que morreram. No cerco a Sarajevo, entre 1992 e 1996, 225 pessoas foram mortas por atiradores furtivos.”
Os testemunhos, entrevistas e documentos sobre o assunto são apresentados no documentário Sarajevo Safari, do esloveno Miran Zupanic.
Basicamente, o que aconteceu é que homens (são quase sempre homens) civis muito ricos, que estavam entediados com a sua vida de opulência, decidiram divertir-se a serem caçadores de humanos.
Eles pagavam quantias exorbitantes para cometerem crimes. E ainda pagavam mais, para matarem crianças…
Ao todo, estima-se que estes imbecis criminosos mataram 225 pessoas, entre elas 60 crianças.
A estupidez e crueldade dos Humanos parece não ter limites.
Não digo que isto é desumano, porque infelizmente, isto é bem humano.
Claramente, estes selvagens precisavam de estar presos em jardins zoológicos…
Ou ainda melhor, porque não colocar estes “estrangeiros ricos” na savana africana, sem qualquer arma, e ver alguns leões a matarem para comer?
Isso sim, era um divertimento para eles. Certamente, não sofreriam com momentos de tédio.
Fontes: SIC notícias, SIC notícias, Multinews.
1 comentário
Depois, povo reclama quando digo “a Natureza não é nenhum mar de rosas, pelo contrário, é extremamente violenta”. Nós fazemos parte da Natureza, estamos inseridos nela, então posso garantir que nossa violência é mero reflexo da violência da própria Natureza. A diferença é que nós somos covardes e desenvolvemos armas e munições, não nos contentamos em brigar só com o próprio corpo (como fazem os demais animais).