O rover Perseverance anda a recolher amostras do interior de rochas que se encontram num antigo delta de rio na Cratera Jezero.
Este era o local onde um rio e um lago marciano convergiam, há cerca de 3,5 mil milhões de anos atrás.
A análise geológica mostra que este terreno é rico em matéria orgânica: moléculas com átomos de carbono, oxigénio e hidrogénio, mas também com nitrogénio/azoto, fósforo, enxofre, etc.
Note-se que estas moléculas podem se formar através de processos naturais, geoquímicos. No entanto, elas são importantes, porque são os blocos de construção da vida tal como a conhecemos. Assim, são importantes indicativos de bio-assinaturas.
Evidências de matéria orgânica em Marte já tinham sido detetadas no passado, por diferentes rovers, como o Perseverance e o Curiosity.
Desta vez, foi detectada uma maior quantidade de matéria orgânica, e num local que no passado marciano estava cheio de água (com areia, lama e sal). Assim, é um local que tinha condições para o desenvolvimento da vida tal como a conhecemos.
O objetivo é, obviamente, tentar encontrar evidências de vida microbiana no passado de Marte.
O rover não consegue fazer isso.
No entanto, o plano é enviar uma missão a Marte de modo a recolher estas amostras e trazê-las de volta à Terra.
Nessa altura (na próxima década), irá ser enviada uma missão para apanhar estas amostras que o rover Perseverance anda a recolher.
Neste caso, as amostras foram recolhidas da rocha denominada Wildcat Ridge, uma rocha sedimentar conhecida por preservar fósseis de vida antiga na Terra.
Se por acaso ela preservou vestígios dessa potencial antiga vida marciana, então quando as amostras chegarem aos laboratórios terrestres, poderão ser analisadas com muito mais detalhe, em busca desses fósseis de vida marciana.
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