Vacina contra a Malária aprovada em África



A malária é uma “doença infecciosa transmitida por mosquitos e causada por protozoários parasitários do género Plasmodium.”

Em 2021, existiram 247 milhões de infeções por malária, sobretudo em África, com muitas pessoas a sofrerem complicações graves da doença.
Nesse ano, morreram mais de 600 mil pessoas, infetadas com a malária. A maioria dessas mortes são de crianças com menos de 5 anos. A malária mata “uma criança a cada minuto em todo o mundo.”

Como é em África, infelizmente, não existe a urgência de salvar as pessoas (não existe tanto investimento), tal como existiu aquando das infeções por COVID-19 nos países do chamado “primeiro mundo”.
No caso da malária, o investimento tinha que ser muito maior, já que o parasita da malária tem mais de 5 mil genes, enquanto o SARS-CoV-2 (o vírus que causa a COVID-19) só tem 12 genes.

Crédito: Centers for Disease Control and Prevention’s Public Health Image Library (PHIL); via wikipedia.

Existe uma vacina aprovada há 2 anos, chamada Mosquirix, mas tem uma eficácia fraca, abaixo dos 40%.

No entanto, devido aos avanços científicos/tecnológicos alcançados com o desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19, foi possível criar uma nova vacina contra a Malária, com uma eficácia muito maior.
Os testes desta vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford mostram uma eficácia de 77% em crianças (a amostra foi de 409 crianças).


Até agora, ninguém sabia se era possível desenvolver uma vacina bastante eficaz contra a Malária.
Mas a ciência – o conhecimento dos investigadores – conseguiu-o.

Tendo em conta o flagelo da Malária em crianças no Gana e na Nigéria, esses países aprovaram desde já essa vacina.
A vacina vai ser administrada a crianças com idades entre 5 meses a 36 meses.
Estima-se que só para essas crianças, irão ser necessárias 150 milhões de doses da vacina.

A vacina irá ser fabricada e comercializada pelo Serum Institute of India, que é o maior produtor mundial de vacinas.

3 comentários

  1. Carlos,

    Malária é um caso grave na região NORTE do Brasil.

    “Brasília, 11 de maio de 2022 (OPAS) – A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) participou nesta quarta-feira (11) do lançamento, pelo Brasil, de um plano nacional de eliminação da malária. O objetivo é diminuir o número de casos autóctones (transmitidos dentro do país) da doença para menos de 68 mil até 2025, reduzir a quantidade de óbitos para zero até 2030 e eliminar a doença no território brasileiro até 2035.

    “Hoje temos todas as ferramentas para que o Brasil se veja livre de uma doença que causa muita dor e afeta principalmente as pessoas mais pobres, que moram em territórios mais afastados e que precisamos proteger”, disse Socorro Gross, representante da OPAS e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no país. “O Brasil, com este plano, está dando um exemplo. Esperamos que outros países na Região das Américas se unam a este esforço”, acrescentou.

    O ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, destacou o papel do sistema público de saúde brasileiro para alcançar essas metas. “São vários os desafios que nós temos que enfrentar e vencê-los. Mas nós temos esperança que teremos sucesso. Essa esperança tem três letras: SUS – o Sistema Único de Saúde. Onde há Brasil, há SUS”, disse.

    Na mesma linha, o secretário de Vigilância em Saúde do país, Arnaldo Medeiros, ressaltou que o plano foi pensado com base nas fortalezas que o SUS tem. “Elas são: diagnóstico e tratamento gratuito, ações descentralizadas de diagnóstico e tratamento com ampla cobertura. Também temos sistemas de informação on-line, além de parcerias intersetoriais e redes de pesquisa em malária que muito contribuem para entendermos a doença”, afirmou Medeiros.

    No Brasil, 99,9% das transmissões ocorrem na Região Amazônica, com 33 municípios concentrando 80% do total de casos autóctones em 2021. No mesmo ano, 99% das notificações foram autóctones, um total de 137,8 mil casos. O restante foram casos importados de outros países.”

    Fonte:

    https://www.paho.org/pt/noticias/12-5-2022-brasil-lanca-plano-nacional-para-eliminacao-da-malaria-no-pais-com-apoio-da-opas

    abs

      • Jonathan Malavolta on 18/04/2023 at 12:47
      • Responder

      O pai de um amigo meu foi trabalhar na zona franca de Manaus logo no início desta, anos 60. Ele era bem jovem, menos de 30 anos na época foi pra Manaus do meio pro final da década), e quase morreu diversas vezes (por causas diferentes). Até onde sei, de conversas com o próprio, posso garantir que pelo menos duas dessas vezes foi por malária (a pior dessas crises de malária o pegou acamado por ferroada de arraia; não sei qual das duas coisas é pior, se a ferroada ou se a malária).

    1. 🙁

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