Adorei esta explicação no Logic of Science:
Muita gente pensa que se chega a um consenso científico após um grupo de cientistas se reunir (quiçá até secretamente), e todos eles ditarem unanimemente que algo é verdade.
A verdade é que o consenso científico só existe após um grande conjunto de estudos científicos independentes resultarem em evidências consistentes numa determinada direção. Todos esses estudos têm de mostrar evidências objetivas, e todas essas evidências têm de concordar umas com as outras.
Assim, o consenso não tem de ser entre cientistas (os cientistas até podem discordar). O consenso tem de ser das evidências concretas.
Se as pessoas quiserem discordar da Teoria da Gravidade, da Teoria da Evolução, do eletromagnetismo ou até da eficácia das vacinas, não o podem fazer através de meras opiniões. Não é isso que contesta o consenso científico. Só evidências concretas e fortes podem contestar o consenso científico atingido por muitos outros estudos.
Assim, o consenso científico pode ser contestado… mas em sede própria: por estudos científicos feitos por especialistas na área. Quando as novas evidências desafiam o anterior paradigma, então podemos estar na presença de uma melhoria na compreensão de determinado fenómeno: não é uma revolução, é uma melhoria gradual no entendimento de um assunto.
2 comentários
Ou seja, o consenso científico é determinado pelo método científico.
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O consenso científico é determinado pelas evidências científicas resultantes da aplicação do chamado método científico 🙂