Preguiças

Crédito: 60 minutes, CBS

O famoso programa 60 Minutes fez um segmento muito interessante sobre preguiças (sloths) na Costa Rica.

Os preguiças são difíceis de avistar, porque se escondem na copa das árvores e têm o poder do disfarce/camuflagem: podem ser confundidos com um monte de folhas, cocos, ninhos de pássaros, etc.

Em termos de aparência, eles parecem ser uma mistura de um wookiee com um porco.

Eles passam 90% do tempo pendurados ao contrário (dorso para baixo) nos galhos das árvores.
E descem para o solo somente uma vez por semana, para fazerem as suas necessidades.

Os preguiças dominaram a arte da sobrevivência durante mais de 64 milhões de anos.
Nós caracterizamos os preguiças como os come-e-dorme da natureza.
Eles têm uma visão péssima e uma audição muito má.
Assim, em termos evolutivos, teriam quase tudo para serem mal sucedidos.

No entanto, os preguiças têm um super-poder: são muito lentos. Isso faz com que gastem pouca energia.
Eles são vegetarianos. E digerem as folhas muito lentamente.
O seu metabolismo muito lento leva a movimentos extremamente lentos.

Os humanos são obcecados por velocidade. Mas a estratégia contrária (de abrandar) também tem sucesso.
Aliás, devíamos aprender isso com os preguiças: aprender a abrandar.
Estamos a “destruir” o planeta em parte devido à nossa necessidade/dependência da rapidez.

Apesar desse aparente sucesso, as alterações climáticas estão agora a ameaçar a vida dos preguiças.

Por último, achei interessante a visão feminista da cientista.

A entusiasmante bióloga Lucy Cook tem por ídolo Charles Darwin. Mas defende que ele interpretou a vida dos animais da mesma forma que ele via a sociedade Vitoriana: machos dominantes e fêmeas passivas e submissas.
Ela dá o exemplo de grupos de orcas liderados por fêmeas, das sociedades dos suricatas serem controladas por matriarcas tirânicas, das hienas-fêmeas serem dominantes, ativas e agressivas, etc.


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