Bola de fogo atravessou os céus de Portugal e Espanha

Crédito: SMART / Meteoroids.net

No domingo, dia 21 de Janeiro de 2024, cerca das 20h da noite, uma grande bola de fogo iluminou os céus no sul da Península Ibérica.

Este fenómeno causou pavor em algumas pessoas: “Foi assustador”, disse uma das testemunhas.

A verdade é que foi um normal meteoro.
Todos os dias “caem” cerca de 2 toneladas de poeira na atmosfera terrestre: ou melhor, a Terra é que, na sua órbita, passa por locais onde existem estes pequenos restos de asteróides.
Assim, é um fenómeno normal.

Por vezes, a poeira é um pouquito maior, e cria um rasto de fogo no céu.
Se estivermos em locais escuros, e se naquele momento olharmos para o céu, vemos uma belíssima “estrela cadente”.

Neste caso, viu-se uma luz esverdeada, o que denota que o pequeno meteoro era provavelmente composto por magnésio.

Crédito: accuweather

O meteoro entrou na atmosfera terrestre perto de Badajoz, Espanha, a uma velocidade de cerca 89 mil km/h. Atravessou a atmosfera durante 111 km, sendo visto a partir de Évora, Portugal, aquecendo e desintegrando-se (e brilhando, em consequência), terminando o seu périplo terrestre no sul de Espanha.

O causador deste meteoro poderá ter sido o asteróide 2024 BX1, que tinha cerca de 1 metro de diâmetro.

O asteróide 2024 BX1 (chamado inicialmente de Sar2736) foi descoberto 3 horas antes de colidir com a Terra: é somente o 8º asteróide a ser descoberto antes de colidir.

Ele impactou a atmosfera, sobre Berlim, Alemanha, no mesmo dia, cerca de 20 horas antes do meteoro visto sobre Portugal.

Por isso, o mais provável é que um pequenito pedaço do asteróide se tenha desprendido, e tenha caído um “pouco mais ao lado”: a maior parte do pequeníssimo asteróide caiu sobre a Alemanha, e um pequenito pedaço que se desprendeu caiu sobre a Espanha.

Fragmentos deste asteróide foram encontrados no solo – ou seja, meteoritos – 5 dias após a sua entrada na atmosfera terrestre.

Análises químicas à composição dos meteoritos permitiu perceber que eles são aubrites: pobres em ferro, mas ricos em magnésio; o que é mais uma indicação que o meteoro visto nos céus de Espanha tinha ligação a este meteoro de Berlim: provavelmente ambos eram originários do mesmo objeto.

Fontes: Watchers, SIC notícias, Notícias ao Minuto, wikipedia.

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