RIP Paul Alexander

Crédito: Paul Alexander

Paul Richard Alexander nasceu em 1946.

Quando ele tinha 6 anos de idade, centenas de crianças que viviam em Dallas, Texas, contraíram poliomielite. Muitas crianças morreram. Ele sobreviveu, mas ficou paralisado do pescoço para baixo e com uma enorme incapacidade de respirar.

Como o seu diafragma deixou de funcionar, ele teve que passar a viver com um pulmão de aço! (um enorme cilindro de metal que funciona como um pulmão artificial)
Durante alguns períodos de tempo (até 6 horas), ele deixava o pulmão de aço, realizando por si próprio a respiração glossofaríngea.

Devido a isto, conseguiu concluir os estudos escolares, apesar de não poder assistir às aulas presencialmente.
Seguidamente, tirou um curso de Direito na Universidade do Texas em Austin, tendo posteriormente exercido a advocacia como profissão.

Com o dinheiro do seu salário, viajou bastante por outros países (dentro dos condicionalismos que tinha).

Em 2020, publicou um livro a relatar a sua vida.

Paul Alexander viveu durante 78 anos.

Infelizmente, morreu a 11 de Março de 2024, devido a complicações de saúde após uma infeção por COVID-19.

Porque decidi realçar esta notícia?
Para se perceber os “milagres” da ciência.

Quando Paul Alexander nasceu, ainda não existia a vacina contra a poliomielite.
Por isso, estes surtos eram comuns: com milhares de crianças mortas e muitas outras a ficarem com problemas graves de saúde para toda a vida.
A vacina veio evitar milhares de mortes e doença grave em crianças.
Esta é uma enorme vitória da ciência!

O outro “milagre” é o pulmão de aço.
Antigamente, morria-se imediatamente, porque não se conseguia respirar.
Mas os avanços da ciência e da tecnologia permitem isto: fazer com que as pessoas sobrevivam, quando no passado seriam mortes certas.

VIVA a Ciência!