Um inquérito feito pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) nos países da União Europeia (e em mais 8 países: USA, UK, UAE, China, Japão, Coreia do Sul, Índia, Canadá) mostrou que, em média, os portugueses são os cidadãos da União Europeia que melhor compreendem as consequências das alterações climáticas.
O inquérito tinha 4 valências sobre o conhecimento das pessoas sobre Alterações Climáticas: Definições, Causas, Consequências e Soluções.
Os portugueses surgem em 4º lugar em termos globais de conhecimento.
São os que melhor compreendem as consequências, mas poucos conhecem as soluções (exemplos: redução dos limites de velocidade dos veículos na estrada, melhor isolamento térmico das casas, utilização de transportes públicos, etc).
A grande maioria dos inquiridos desconhece que as tecnologias digitais também estão relacionadas com emissões significativas de dióxido de carbono (nomeadamente, na sua produção, transporte e distribuição).
Das mais de 30 mil pessoas inquiridas:
93% dos portugueses conhecem o impacto das alterações climáticas na saúde humana.
91% dos portugueses conhecem o impacto das alterações climáticas no rendimento das culturas.
85% dos portugueses apontou a subida do nível do mar como uma consequência das alterações climáticas.
82% dos portugueses sabe que a reciclagem ajuda a atenuar as alterações climáticas.
80% dos portugueses apontaram os EUA, a China e a Índia como os países mais emissores de gases de efeito-estufa.
79% dos portugueses apontaram as atividades humanas (indústria, transportes e desflorestação) como algumas das principais causas das alterações climáticas.
Somente 3% dos portugueses são negacionistas das alterações climáticas: a menor taxa de negacionistas de toda a UE.
Ao ler “por alto” este inquérito, existiram duas coisas que me fizeram levantar as “antenas do ceticismo”:
– 30 mil pessoas inquiridas é muito pouco. A amostra é demasiado pequena.
– 3% de negacionistas parece-me um número bastante baixo, sobretudo tendo em conta aquilo que se vai lendo na internet, nomeadamente nas redes sociais.
Fontes: Observador, Lusa.
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