Em Julho de 2008, realizou-se a ASB3 – 3ª Conferência de Astrobiologia do Reino Unido. Caso queiram ver o programa dela, visitem este site.
Eu apresentei lá um trabalho intitulado “Os extraterrestres somos nós”.
Como sabem, criei e lecciono um inovador curso de astrobiologia aqui na Universidade do Texas em Austin. O curso está a fazer bastante sucesso a nível nacional (EUA), e daí que decidi ir apresentá-lo internacionalmente.
Nessa altura, recebi uma menção honrosa devido ao facto de ter apresentado a melhor comunicação/palestra de toda a conferência.
Além do prémio, outro efeito que a minha apresentação teve foi abrir as portas para possíveis colaborações internacionais. Além do sucesso nacional, apareceu também reconhecimento internacional – já recebi alguns convites para criar cursos similares noutros países, incluindo fora da Europa.
Algumas palestras ficaram-me na memória.
Uma delas deu conta de que afinal Júpiter é um planeta amigo da vida na Terra, quer protegendo quer levando à diversidade biológica (após uma extinção).
Outra bastante interessante discutiu a possibilidade de vida extraterrestre (e origem da vida na Terra) baseada no fosfato – recebeu o prémio pela melhor investigação na área da astrobiologia.
Outra palestra excelente foi sobre o programa “Alien Worlds”. Vejam-no aqui. Tem filmes multimédia fantásticos (com explicações) sobre Eclipses, movimentos dos planetas, etc. Sempre que escolhem um tema (exemplo: eclipse solar), por cima da explicação podem abrir uma série de escolhas de modo a abrir sub-categorias. Todo o programa é fenomenal!
Houve várias palestras que me “passaram ao lado”, nomeadamente as do 2º dia, referentes a vida em ambientes extremos – extremófilos.
Não gostei nada de uma, que preconizava uma nova definição de vida, mas que não tinha qualquer lógica.
O tema mais interessante foi um assunto discutido nos corredores com o Chandra, o seu aluno de doutoramento, e outros investigadores. O assunto: a chuva vermelha de Kerala. De Julho a Setembro de 2001, esta chuva vermelha caiu na ÍÍndia. Continua a ser um mistério a sua origem.
A isto juntou-se uma palestra onde se mostraram resultados de estudos a confirmarem a existência de bactérias na estratosfera terrestre. Claro que se pôs a hipótese – posteriormente descartada – de elas terem sido levadas para cima por vulcões em actividade; e até por “raios azuis”. No entanto, a hipótese mais apetecível é que elas tenham origem dupla, sendo que uma dessas origens seria a extraterrestre.
Panspermia ao poder! 😉
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