A palavra que serve para designar um conjunto de estrelas, poeira e gás que se movimentam juntos graças à atração gravitacional vem do latim galaxias (cujo registro mais antigo data de 1384), que por sua vez tem origem no grego “galaxias kyklos“, termo que significa ‘círculo lácteo’ graças ao aspecto que aparece em noites totalmente escuras, sendo resumido somente para ‘galáxias’, cujo radical vem do grego gala = leite (genitivo: ).
Dos romanos veio a palavra Via Lactea (ou circulus lacteus = caminho de leite), derivado de lac, lactis, palavra que tem a mesma raiz indoeuropeia que o vocábulo grego.
Muito tempo depois, por volta do século XIX, com a descoberta de várias outras galáxias, o grego “galáxia” virou um termo técnico astronômico, servindo para designar de forma genérica esses astros e deixando o termo “Via Láctea” somente para a galáxia na qual o Sistema Solar faz parte.
A palavra ‘Galáxia’ (com G maiúsculo) também é utilizada para designar a Via Láctea, enquanto ‘galáxia’ (com g minúsculo) continua a ser utilizada para os demais astros que apresentam as mesmas características físicas.
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Galaxia no es círculo lechoso, sino una palabra compuesta por un lexema sustantivo en euskera antiguo -gal, y un lexema adjetivo griego -axias. En griego se escribe γαλ-αξίας, por lo que pasó transliterado al latín como galaxias. Equivale entonces a “rotante errante”. De -gal viene galo en latín o gálata en griego. De aquí tomaron los griegos el concepto.
-Gal alude a perdido en euskera, y por extensión a errante o nómada, y -axias a eje rotatorio. Lo de la leche fue un error de transliteración: se transliteró γαλα-ξίας del griego al latín en lugar de γαλ-αξίας que sería su forma correcta; -γαλα es leche en griego, y -ξίας viene a significar “relativo a”, de ahí lo de lechoso. Lo de círculo es un añadido para darle alguna lógica a la traduccción.
-Gal como raíz euskera que significa “perdido” consta en diccionarios de euskera o muchos trabajos sobre etimología de esta lengua.
Galaxia es γαλ-αξίας, gal-axias, -gal como sustantivo y -axia como adjetivo, -axias. Se refería a cada cuerpo celeste individualmente, llamándolo “rotatorio errante”, γαλ-αξίας…
“Muito tempo depois, por volta do século XIX, com a descoberta de várias outras galáxias,”
Não entendi. Não foi o Hubble, em 1923, que com suas observações descobriu que algumas nebulosidades estavam a distâncias muito maiores que as das estrelas e então percebeu-se que existem outras”galáxias”, e então que estamos numa?
A Galáxia de Andrómeda é vista a olho nú. Logo já é registada há mais de 1000 anos.
Com telescópios, foram sendo descobertas mais galáxias.
Por exemplo, a Galáxia do Cata-Vento já é conhecida há mais de 200 anos.
Obviamente, no século XIX foram descobertas muitas outras galáxias.
No entanto, eram consideradas nebulosidades. Porque pareciam nebulosidades no céu, já que estão a distâncias enormíssimas.
Em 1920 deu-se o Grande Debate, em que se discutiu se essas nebulosidades eram “universos-ilha” (o que chamamos de galáxias) ou se faziam parte do nosso universo-ilha (a Via Láctea).
E chegou-se à conclusão que elas eram independentes de nós.
Ou seja, aquilo a que chamamos galáxias foram sendo descobertas ao longo dos séculos. Mesmo que só em 1920 soubéssemos exatamente o que são. Não é o termo/nome que permite conhecer ou descobrir algo, mas sim as características que vamos vendo nesse algo.
Se eu logo virar meu telescópio e vir algo difuso no céu, e não perceber o que é… posso enviar para instituições internacionais de astronomia e ficar como o descobridor de um cometa, por exemplo.
Ou seja, eu o descobri, mesmo sem saber o que era nem saber o nome dele. Mas vi-o, documentei-o, e apresentei provas de que algo estava lá. A descoberta foi minha.
abraços
[…] 68 – Etimologia: Planeta. Satélite. Galáxia. […]