Out 02

Planetas sexuais

exoplanet jupiter

Esta descoberta de exoplanetas já é de Julho, mas na altura não se deu importância a isto.
No entanto, devido aos exoplanetas serem notícia esta semana, pareceu-me interessante falar desta curiosidade (que aparece na National Geographic).

Nos finais de Julho descobriram-se 4 novos exoplanetas: 2 a orbitar a estrela HD 200964, e 2 a orbitar a estrela 24 Sextanis.

Os 2 planetas que orbitam HD 200964, são gigantes gasosos, mais massivos que Júpiter, e estão muito perto um do outro (52 milhões de kms de distância – como comparação, no nosso sistema solar Júpiter e Saturno são os gigantes gasosos mais próximos um do outro, e estão a cerca de 531 milhões de kms de distância).
De acordo com os descobridores, estes planetas estão a “dançar de forma bastante íntima, muito agarradinhos”…

Mas a história dos outros dois planetas ainda é mais engraçada, devido às convenções para dar o nome aos planetas.
Os outros 2 planetas também andam relativamente agarradinhos (distância de 112 milhões de kms) em volta da estrela 24 Sextanis.
Ora, enquanto não se encontra uma forma melhor de nomear os planetas, eles recebem o nome da estrela (que por vezes é abreviado).
Assim, estes dois planetas receberam os nomes: 24 Sex b e 24 Sex c.
😀

Carlos Oliveira

Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.

Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.

Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).

Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.

Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.

3 comentários

  1. Podiam ter sido “afastados”.

    Mas o mais normal é que os planetas já se encontrassem lá, ou seja, estavam longe da estrela quando esta era mais pequena… ou então talvez estivessem ainda mais longe, mas com as forças gravitacionais da estrela, foram puxados para órbitas mais próximas dela.

    • António Castanheira on 07/12/2010 at 17:12
    • #
    • Responder

    No link indicado é referido que, relativamente a cada par de planetas, cada planeta tem um período orbital diferente do outro: Isto significa que as distâncias indicadas não são constantes, poderão ser distâncias mínimas ou máximas.

    O link indica tratarem-se de planetas em órbita de estrelas em fim de vida mas, para estarem tão próximos (de modo que quase funcionam como “sistemas de planetas duplos”), como será que escaparam da fase de Nova das estrelas originais desses sistemas?!…

    António Castanheira

  3. Cada vêz se vai mais longe é formidàvel.

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