Lua (16/12/2010) e primeira observação astronómica

Após um longo período de céus muitos carregados de nuvens e muita chuva, foi possível fazer uma pequena sessão de observação astronómica.

Desta vez convidei o Mateus, o meu pequeno vizinho de 6 anos, para a sua primeira observação por um telescópio. A Lua ia alta e com 11 dias, contribuiu para um céu não muito escuro… Além disso, a atmosfera estava particularmente turbulenta, o que tornou a visão de Júpiter muito sofrível.

De qualquer forma, visitámos a Lua e as suas crateras, espreitámos Andrómeda (M31), passeámos pela Nebulosa do Esquimó (NGC2392), maravilhámo-nos no Enxame Duplo do Perseu (NGC884 & 869), regressando à Terra depois de passarmos pela maternidade de Orion (M42).

O Mateus deliciou-se com estas prendas do céu nocturno, apesar de não ter dado pulos de alegria, ou como dizem os americanos, não houve aquele efeito “wow!”. Foi tão engraçado vê-lo a descrever as “fumaças esbranquiçadas”, que correspondiam à M31 e M42, bem como a nebulosa planetária NGC2392, sem que eu tivesse que lhe dizer o que procurar… ele rapidamente dizia: “vejo ali uma nuvem de fumo…” apesar de ainda não saber o que é uma galáxia, uma nebulosa planetária, ou mesmo compreender a vastidão do Universo.

O Mateus equipado a rigor para a sua 1ª observação!

Enquanto esperava por ele, ainda deu para fazer duas fotos da Lua, com 60% de HR e 3ºC. De modo a dar uma ideia do “seeing”,  estas fotos representam o resultado de um “stack” de apenas 30 imagens de um total de 1700 por avi, para uma percentagem de qualidade de 70% da melhor imagem (no Registax v5.0)…

Notícia de Última Hora: Entretanto, em conversa com o pai do Mateus, fiquei a saber que adorou a experiência! Afinal era só vergonha…! 😉