O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) comemora 150 anos.
“O observatório, que fica na Tapada da Ajuda, junto do Instituto de Agronomia, foi fundado a 11 de Março de 1861. A sua construção só terminou seis anos depois, em 1867.”
“O observatório vai instalar um telescópio doado pela Fundação Calouste Gulbenkian, o que implicará também a construção de uma nova cúpula.”
Hoje vai haver uma sessão especial de comemoração dos 150 anos.
Esta sessão terá início às 21:00. Neste dia serão realizadas uma palestra de divulgação seguida de uma visita guiada ao edifício histórico do OAL e observações com telescópio.
A palestra estará subordinada ao tema “150 anos de história do OAL”, proferida pelo Prof. Doutor Rui Agostinho.
As observações astronómicas decorrerão após a visita e estão sujeitas às condições meteorológicas. Independentemente destas, a palestra e a visita serão sempre realizadas.
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1 comentário
Fui assistir à palestra do Professor Dr. Rui Agostinho.
Palestra magnífica, na qual fez o historial do observatório, desde o financiamento da construção, passando pelas principais actividades desenvolvidas ao longo dos 150 anos, até à situação actual em que parece ser provável que venha a ser transformado num centro museológico, preservando a história e a cultura.
Já tinha assistido a algumas palestras no OAL.
Mas nunca o tinha visitado.
Fiquei impressionado com a riqueza bibliográfica; é extensa, variada e, pelo que vimos, bem acondicionada.
Houve visita à grande torre, onde está instalado um refractor com uma lente de 38,2 centímetros e 6,82 metros de distância focal. Movimenta-se facilmente com um pequeno impulso mas está praticamente inoperacional.
Visitámos a sala oeste onde está instalado um telescópio alinhado com o meridiano e com deslocação exclusivamente na vertical; este telescópio permite a determinação das coordenadas equatoriais dos objectos celestes, ascensão recta e declinação.
Na sala este existem equipamentos que foram utilizados na determinação da hora legal, com o máximo rigor.
Na sala norte encontra-se um “instrumento de passagem pelo 1º vertical”.
Permitia registar as pequenas variações zenitais de algumas estrelas; fazia-se o registo em chapas fotográficas e a medição exacta das variações permitia calcular, além da latitude geográfica do lugar, o movimento dos pólos terrestres.
Vale a pena ir lá com tempo e com espírito de aprender.
São 150 anos de história
Alberto