(Um dos telescópios robotizados utilizados pelo projecto TrES – o Sleuth, no Observatório do Monte Palomar. Crédito: palomarskies.blogspot.com)
Depois de um hiato de 4 anos, o projecto TrES (Trans-Atlantic Exoplanet Survey) publicou uma nova descoberta. O TrES-5b é um Júpiter Quente com uma massa e um raio de 1.8Mj e 1.2Rj, respectivamente (Mj/Rj = massa/raio de Júpiter). O planeta orbita a estrela GSC 03949-00967 na constelação Cisne em pouco menos de 36 horas ! A estrela hospedeira é uma anã (isto é, uma estrela na sequência principal) de tipo espectral G, rica em “metais”, com uma temperatura fotosférica de 5200 Kelvin, e com uma massa e um raio de 0.9Ms e 0.9Rs, respectivamente (Ms/Rs = massa/raio do Sol). Com uma magnitude visual de 13.7, trata-se de uma das estrelas mais débeis para a qual foram detectados trânsitos de um planeta a partir da superfície terrestre. A estrela parece ser mais evoluída que o Sol com uma idade estimada em 7.4 mil milhões de anos.
O projecto TrES, liderado por David Charbonneau, na altura um “post-doc” no Caltech, foi um dos pioneiros na detecção de planetas pelo método dos trânsitos a partir da superfície terrestre usando instrumentos e infra-estruturas modestas. No caso, foram utilizados 3 telescópios robotizados de apenas 4 polegadas de abertura: o Sleuth, no observatório do Monte Palomar; o STARE, no Observatorio del Teide, nas Canárias, e; o PSST, no Observatório Lowell. Os telescópios observavam todas as noites 10 mil estrelas num campo de visão com cerca de 6 graus quadrados. O TrES descobriu 4 exoplanetas, o último dos quais anunciado em 2007, antes de terminar a sua actividade. Esta descoberta resulta da utilização de dados de arquivo, conjugados com observações mais recentes para confirmar a natureza planetária do fenómeno, não implicando a retoma de actividade do projecto.
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