Fada voa sobre a Águia
A APOD de hoje traz uma parte da Nebulosa da Águia, que, segundo a APOD, se parece com uma enorme fada extraterrestre.
A suposta fada tem 10 anos-luz de altura, e é constituída por gás e pó.
É uma zona semelhante aos Pilares da Criação, de que já falei, aqui.
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
2 comentários
Nesta bellisima imagem, eu “vejo” um rio gigantesco, e uma espécie de “grand canyon” e zonas costeiras com praias enormes nuam zona de estuário na parte inferior, e só em segundo lugar vejo então uma fada e de uma águia…
E sendo uma fada, seria uma fada pintada por http://en.wikipedia.org/wiki/Salvador_Dal%C3%AD ou então por http://en.wikipedia.org/wiki/Remedios_Varo.
Várias nebulosas lembram-me quadros destes géneros:
a) http://en.wikipedia.org/wiki/Surrealist
b) http://en.wikipedia.org/wiki/Fantastic_art
Gostava de saber se já alguém já encontrou bibliografia relativa a estudos sobre as “formas” que as pessoas vêem nas nebulosas em colaboração com psicólogos e psiquiatras que usam o teste de Rorschach.
“O teste de Rorschach é uma técnica de avaliação psicológica pictórica, comumente denominada de teste projetivo, ou mais recentemente de método de auto-expressão.
Foi desenvolvido pelo psiquiatra suíço Hermann Rorschach. O teste consiste em dar respostas sobre com o que se parecem as dez pranchas com manchas de tinta simétricas.
A partir das respostas, procura-se obter um quadro amplo da dinâmica psicológica do indivíduo. O teste de Rorschach é amplamente utilizado em vários países.”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teste_de_Rorschach / http://en.wikipedia.org/wiki/Rorschach_test
Em particular, interessam-me as respostas do tipo 4)
Citação:
Qualidade formal da resposta:
No modelo Exner a amostra base foi de cerca de 1.200 pessoas.
Dependendo do número de pessoas que deu resposta semelhante a essa, a resposta pode ser classificada como:
1) Comum: Vista por mais de 2% da amostra. Indica que a pessoa tem um processamento cognitivo normal e objetivo.
2) Comum integrada: Codificado quando forem vistas duas respostas comuns interagindo entre si, indica boa integração de informações.
3) Incomum: Menos de 2% viram, mas algumas viram. Essas respostas indicam peculiaridades do indivíduo, mas ainda usando bem os detalhes da mancha.
4) Única: Não há registros sobre essa resposta. Essas respostas indicam projeções do indivíduo. Mais comum entre indivíduos mais criativos, com pensamento diferenciado e uma visão peculiar da vida como artistas e filósofos.
Ver muitas respostas populares (a mais comum de cada mancha) é um sinal de obsessividade e compulsividade, pois supostamente é comum que os obsessivos façam um esforço maior para não perder nenhum detalhe importante, sendo excessivamente preocupados com a opinião dos outros e com dificuldade de relaxar e dar respostas criativas.
No meu caso, a prmeira nebulosa que vi (com binóculos) foi a de Andrómeda, e lembrei-me logo de uma cena neste filme (http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Andromeda_Strain), em que há um cientistista que esfrega os olhos devido ao cansaço depois de estar a ver durante muito tempo as amostras vindas do espaço numa grelha metálica dum satélite.
Desde criança que tenho curiosidade sobre os fenómenos endo-ópticos, e em particular sobre os Fosfenos http://pt.wikipedia.org/wiki/Fosfeno que são gerados ao “esfregar/pressionar os olhos” e quando ficamos encandeae as Moscas Volantes http://pt.wikipedia.org/wiki/Moscas_volantes
Da primeira vez que vi a http://en.wikipedia.org/wiki/Andromeda_Galaxy pareceu-me que era uma espécie de fosfeno, e muito tempo mais tarde, depois de saber que em órbita se podem ver “clarões” http://en.wikipedia.org/wiki/Cosmic_ray_visual_phenomena fiquei sempre com grande interesse em ajudar a viabilizar projectos de investigação nessa área.
Ainda a nível de visualizações, o meu interesse em universos paralelos teve início também em criança quando vi que quando se colocam dois espelhos um em frente do outro se obtém um “feedback optico” http://en.wikipedia.org/wiki/Optical_feedback
A nossa visão é muito complexa: http://en.wikipedia.org/wiki/Visual_perception
Food for thought:
1) Ver a foto de Einstein / M Monroe neste link:
http://en.wikipedia.org/wiki/Visual_illusion
2) O papel dos nossos dois hemisférios:
http://en.wikipedia.org/wiki/The_Spinning_Dancer (ver o PET scan)
Author
Para terem melhor noção de distâncias, deixem-me explicar que esta “coluna de gás e pó” tem 10 anos -luz, o que quer dizer que se eu colocar uma lanterna na “parte de baixo” da coluna, a luz leva 10 anos para chegar à “parte de cima”.
Imaginem a distância da Terra a Plutão. Coloquem Plutão 20 mil vezes mais longe de nós. Essa é a distância entre a “parte de cima da fada” e a “parte de baixo da fada” 🙂