O caso dos Fenómenos Curiosos

Nos últimos dias andei a reler este livro.

O livro já é datado – é de 1998.
Isso faz com que alguns dos mistérios discutidos no livro (ex: neutrinos vindos do Sol) já não são mistério (p. 79), porque entretanto já se descobriram as respostas.
Por outro lado, outros mistérios mais recentes, como os velozes neutrinos, não aparecem obviamente no livro.

O 1º capítulo para mim é o melhor, onde o autor discute possível vida extraterrestre (p. 3) com uma matemática de base diferente de 10 (basta terem mais ou menos “dedos”), e onde fala do Saurornithoides (p. 10), um dinossauro que teve muito azar há 65 milhões de anos atrás – um asteróide ligeiramente mais pequeno permitiria a sobrevivência deste dinossauro, e, sendo que este pequeno dinossauro parecia o ser mais inteligente na altura, então hoje seríamos todos descendentes dele.

No 3º capítulo (p. 44) explica de forma excelente a forma como a ciência se foi desenvolvendo para tentar descobrir qual a idade da Terra – em vez de aceitar a versão religiosa de que a Terra tinha somente 6000 anos. Posteriormente (p. 48), escreve também que simultaneamente se estavam a tentar descobrir os processos que davam energia ao Sol e que o fizessem durar bastante tempo.

No 6º capítulo (p. 64), descreve de forma soberba a discussão sobre como há somente 30 anos atrás, alguns astrónomos pensavam que o Sol estava a diminuir de tamanho, e que iria desaparecer em 1 milhão de anos.

Na página 132, escreve que uma teoria científica nunca pode ser inteiramente provada. Pode sim receber evidências em cima de evidências, ao provar como correctas as previsões que essa teoria vai fazendo. No entanto, esses testes da teoria serão sempre feitos, de modo a tentar-se encontrar excepções para a teoria… daí que uma teoria científica nunca poderá ser provada a 100%. Não quer dizer que esteja mal, só quer dizer que nunca se saberá tudo a 100%. Exemplo: Gravidade.