O jornal Folha tem uma página interessante sobre como as constelações são diferentes para os ocidentais e para os índios, olhando para a mesma zona do céu.
Vejam aqui.
Estas diferenças em fazer desenhos no céu e subsequentemente criar mitos sobre esses desenhos subjectivos é uma das muitas razões da astrologia ser treta.
Exemplo: com basicamente as mesmas estrelas do signo carneiro pode-se desenhar uma cadeira e imaginar (criar o mito) que foi posta lá para fazer descansar os deuses. Neste caso as mesmas estrelas que supostamente dizem que as pessoas nascidas sob o signo carneiro são impulsivas, combativas, teimosas, com iniciativa, etc, passam agora a dizer que essas mesmas pessoas são é umas grandes preguiçosas que nunca levantam o traseiro para fazer nada.
Como se percebe, tudo muda sobre a suposta “personalidade” das pessoas, só porque se muda o desenho no céu feito subjectivamente por qualquer miúdo de 3 anos que se queira divertir a unir pontos.
3 comentários
Cada vez vejo mais nítidamente que a astronomia e a antropologia têm “ligações” que se podem explorar e estudar muito mais profundamente:
Por exemplo: As constelações da Lusofonia…
Imagino que em todos os países em que se usa a lingua Portuguesa deverão existir “outras culturas” que tinham as suas constelações e a sua astronomia antes do contacto com a lingua Portuguesa…
Alguém conhece um livro ou artigo sobre o assunto?
Para quem tiver o Stellarium também é possível escolher as constelações de outras culturas, como as constelações chinesas e outras.
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A astrologia continua parada num tempo geocêntrico em que se pensava que os céus só existiam para os Humanos, porque os Humanos são o que de mais importante existe no Universo (o resto é paisagem para adorar os Humanos… tal como quando se fala nos diversos deuses pelos céus).
É um falhado geocentrismo psicológico que persiste em várias coisas, incluindo a astrologia.