Futuro da Exploração Espacial com Humanos, segundo os EUA
Vejam aqui e aqui.
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
8 comentários
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Não sei se é bem assim. Existem coisas que os andróides não podem fazer. Ainda vai demorar muito até ser criada a inteligência artificial e controlar robots a partir da Terra não é o mesmo que estar no terreno.
Mesmo pondo de parte a colonização de Marte (apesar de desejar que aconteça), uma ida a Marte é um marco na história. Imagine o que era dizer: Eu era vivo quando o primeiro andróide pôs um pé em Marte. Isso já aconteceu, não com andróides, mas com rovers e tudo mais.
Na minha visão do futuro (se uma diminuição demográfica mundial o permitisse) imagino robots a trabalhar e os seres humanos nos postos de gerência e administração. Os robots teriam as tarefas repetitivas e que exigem pouco engenho (sem recurso ao pensamento) e os seres humanos ficariam com os trabalhos mais complexos (políticos e administradores de províncias, gerentes de fábricas, quintas…, cientistas) ou, então, que lidem com seres humanos (professores, polícias…) em que é preciso saber usar a humanidade ou as atividades criativas (escritor, pintor, escultor), não que uma máquina não possa esculpir uma estátua, mas, penso que assim não passaria de uma peça de fábrica.
Tal como disse atrás, aos seres humanos deveria caber o papel de cientistas, pois, a meu ver, é uma profissão muito dinâmica, desafiador e com grande recurso ao pensamento. Uma missão a Marte seria planeada para isso, aprender mais sobre o planeta, vincar no solo uma bandeira (mas, espero, nada de nacionalismos) e fazer história, algo que, com um robot, é mais complicado de acontecer e, mesmo assim, acontece aos poucos.
Filipe
IA está em estudo há décadas e todos os equipamentos que vão para o espaço já têm alguma rotina de decisão (inteligência) embutida, quanto mais longe vão mais “espertos” precisam ser os equipamentos, aliás, está ai um bom motivo para investir-se mais ainda em IA, num ramo do conecimento que ganharemos muito se for decidido que androides irão para o espaço antes de nós. Alias, não precisa ser tanto conhecimento assim, as decisões a serem tomadas por conta pelas máquinas serão pequenas, mais receberão instruções do que tomarão decisões..
Marcos da Historia podem ser feitas com bom senso e no tempo certo, enviar androides para Marte para construirem os prédios e a estrutura (a nova casa) antes de colocarmos os pés lá não vai diminuir a importância do momento que realmente alguém “humano” aportar, se daqui 10 anos para dar uma mijadinha (como disse) e voltar “correndo” por causa da grande limitação de alimentos e da parte operacional (janela, combustiveis, etc), ou se daqui 40 anos com maiores chances de aportar e a primeira turma ficar por anos, ja recebendo pronta a estrutura.
Não estou dizendo para não se ir ao espaço, não estou dizendo para não se ir à Marte, estou dizendo para se ir sem essa ânsia besta de ego “humanoide” de ir querer ir para os confins para hastear a bandeira e… tá, e daí? Isso custa muito, pode custar muitas vidas. Mas se fizermos um levantamento geologico antes, estudarmos melhor o clima de lá, os recursos de água, enviarmos androides para construir em Marte de forma inteligente e útil, com propósitos racionais, isso faz diferença. Eu clamo somente por mais consciência nessa aventura.
O que estou clamando é por colocar a cabeça no lugar e buscar propósitos maiores do que simplesmente fazê-la um marco,
Fazer o que em Marte, mesmo? Lá terá reservas de minerais raros para usarmos aqui? Se sim, valerá a pena extrairmos e trazermos para cá? Terá agua suficiente? Poderemos modificar o clima para adequarmos melhor nossa estadia lá?
Quando uma missão “marco” vira algo mais racional, essas coisas vão para o papel a missão fica mais realista e util (ou se conclui que nao vale a pena).
Esse pensamento mais pé no chão que se tem na vida pessoal se precisa levar para as nações e para decisões de rumos da Humanidade, acho que tá na hora de pararmos de brincar de aventureiros e levar as coisas mais na razão.
Esqueci-me de dizer, quanto à IA. Tenho a noção dalguns dos grandes avanços da robótica e que muitos parecem vindos do século XXII, mas criar um inteligência à semelhança da nossa? Recriar um cérebro humano? Foram precisos milhões de anos de evolução para chegar a este ponto. Penso que tentar recriar o cérebro humano neste altura (mesmo que o consigam) é quase impossível. Na minha opinião, deveria-se criar, primeiro, cérebros das espécies “inferiores” (uso aspas pois não é uma expressão que goste de utilizar), ir subindo na linha evolutiva a ter terem capacidade para criar um cérebro humano, mas isso leva tempo, dinheiro e, apesar de tudo, pode ser uma impossibilidade maior, pois muitas espécies extintas ainda não foram descobertas e as que foram estão mal documentadas. :-/
Aposto que se existir algum programa em que coloque todas as espécies que já existiram e existem, por ordem evolutiva, estaria cheio de buracos. Isto leva-me a um problema. Estou a defender algo que dificilmente acontecerá, mas mesmo assim achei por bem escrever a minha visão (ou o meu ideal) do futuro.
Filipi
Essa reportagem é “quentinha”, de ontem, uma ideia que se encaixa bem no que eu penso sobre o assunto, uma ideia barata, simples, que exigiria muitos novos conhecimentos para colocá-la em prátics, que nos traria imenso volume de conhecimento novo e útil dos nossos arredores.
Space Exploration By Robot Swarm
http://www.universetoday.com/95180/space-exploration-by-robot-swarm/
Não estou dizendo para só ir nesse caminho, mas eu assinaria embaixo como apoio, um de uma lista maior de projetos.
Desculpe-me, acho que escrevi seu nome errado, ainda não foi liberado o post mas estou me adiantando dessa possibilidade.
Vou ver, isto, para já, é tudo muito subjetivo. Eu não defendo que se deva por as vidas humanas em risco, isso de maneira nenhuma. E o que diz também é verdade e também apoio, sobre estudar a área e tudo mais. Mas, na minha opinião, Marte não é só recursos. São precisos (os mais básicos), mas, se na Terra a população humana continuar a aumentar a este ritmo, será também um escape a grande parte dessa população. É esperar para ver o que acontece!
Quanto ao erro no nome, não há problema, acontece. 😉
Pois é ,o ser humano está se tornando num deus criador!Estamos criando uma nova espécie” O Homem das estrelas”sem dúvida!
Bom o assunto, e quero deixar aqui os meus 2 cents. Tenho acompanhando os paises que investem na pesquisa espacial nos seus projetos e questionamentos dos caminhos a se tomar num mundo com grana curta e depois de alguns políticos dos EUA darem os seus pitacos, na visão deles.
Na discussão se vamos ou não vamos de corpo presente para antigos ou novos espaços, que éa partir daí que tudo começa a ser colocado em projeto, penso que é muito mais racional usarmos androides.
Terá “graça” deixarmos os androides nos substituirem nas visitas à Marte ou aos asteroides, na volta à Lua, dentro do imaginário costumeiro egoico de que precisamos continuar sendo como os desbravadores no velho faroeste, agora um faroeste do tamanho do universo? Acho que um pouco de racionalidade e pé no chão não fazem mal a ninguém nesse momento.
Com certeza a ida do homem para outros espaços exigiria (e traria) conhecimentos que não temos, seria a consequente benesse assim como se gerou nova tecnologia e conhecimento de ponta para que o homem fosse à Lua, mas mesmo para o uso de androides seria necessário inovar, buscar muito conhecimento novo, inclusive em IA, aprender a criar mecanismos autoconsertáveis, e ainda teria a grande vantagem de que seria isento de riscos à vida humana e mais eficiente porque as missões seriam mais duráveis.
Podemos fazer os androides construirem a estrutura operacional em Marte e deixá-la prontinha para irmos e ficarmos lá. O corpo humano não foi feito para o espaço. Ah, precisa ir para o espalo e se manter nele para aprender? Para quê? Para ir a Marte para dar uma mijadinha rápida e voltar correndo por falta de alimentos suficientes ou janelas de lançamento só para dizer que foi lá e colocar uma bandeira (qualquer que seja)? Para mim isso não é racional.
Androides durarão mais, não precisam de alimentos nem oxigênio, não precisam voltar, se pifarem não precisaremos os fazer de herois para enterrá-los, podem ser autoconsertáveis e aprenderem a construir a base que precisamos antes de chegarmos. Sondas mais inteligentes e de menor custo podem fazer o trabalho de pesquisa para nós no espaço próximo.
Pode-se investir numa grande busca de conhecimento e tecnologia para se gerar estrutura de apoio em Marte antes de “corrermos” para o espaço, mas sabem como é, políticos, ideologias, departamentos de órgaos espaciais importantes que lidam com poder e muito dinheiro e situações egoicas humanas podem influenciar e quererem priorizar o status da grande “epopeia” humana e ficar só nisso, como foi a ida à Lua, mesmo que tenha trazido benefícios, como disse acima.
Acho que está mais do que na hora de transformarmos “epopeias” em bom senso, mas quem sou eu para dizer isso à NASA, ESA, aos russos e chineses? rsrsrss… Pelo menos aqui posso deixar registrado, democraticamente, uma opinião de uma formiguinha que pensa ser racional e valoriza o conhecimento, não a “epopeia”.
O Projeto Apollo não foi feito inteligentemente em escalas de complexidade de projeto? Por que a próxima escala não pode ser o uso de androides ou sondas inteligentes? Antes de tudo para mim vem o bom senso.