(Um planeta semelhante à Terra orbita uma anã vermelha, um cenário que poderá ser comum. Crédito: ESO/L. Calçada)
Há momentos atrás, numa conferência de imprensa, os astrónomos Courtney Dressing e David Charbonneau, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, e John Johnson, do California Institute of Technology, anunciaram que uma análise dos dados obtidos com o telescópio Kepler permite concluir que cerca de 6% das anãs vermelhas, o tipo de estrela mais abundante no Universo, têm planetas de tamanho semelhante ao da Terra na respectiva zona habitável. Estatisticamente, isto implica que o mais próximo destes planetas poderá estar dentro de um raio de apenas 13 anos-luz do Sistema Solar!
Dressing, a autora principal do estudo, examinou as propriedades das 158 mil estrelas observadas pelo telescópio Kepler com o intuito de identificar todas anãs vermelhas. Em seguida calculou os seus parâmetros físicos, nomeadamente a temperatura e o tamanho, e verificou que os valores previamente existentes pecavam por excesso, ou seja, estas estrelas são na realidade mais frias e pequenas do que se pensava. Em seguida Dressing analisou as curvas de luz das anãs vermelhas para identificar 95 trânsitos atribuíveis a planetas. Este número implicava desde logo, com base em argumentos estatísticos, que pelo menos 60% das anãs vermelhas tinham planetas do tamanho de Neptuno ou mais pequenos. Destes 95 candidatos, 3 em particular têm tamanhos semelhantes ao da Terra e estão situados na zona habitável das respectivas estrelas hospedeiras. Mais uma vez utilizando argumentos estatísticos, Dressing e co-autores determinaram que a detecção destes 3 exemplos implica que cerca de 6% das anãs vermelhas têm um planeta de dimensão semelhante à Terra nas respectivas zonas habitáveis.
Os três candidatos referidos pelos autores são designados pelos seus identificadores KOI (Kepler Object of Interest): KOI 1422.02 tem cerca de 90% do tamanho da Terra e um período orbital de 20 dias; KOI 2626.01 tem 1.4 vezes o tamanho da Terra e um período orbital de 38 dias, e; KOI 854.01 tem 1.7 vezes o tamanho da Terra e um período orbital de 56 dias. As respectivas estrelas hospedeiras, situadas entre os 300 e os 600 anos-luz, têm temperaturas entre 3400 e 3500 Kelvin, correspondentes ao lado quente do tipo espectral M (M1V/M2V).
Podem ver a notícia original aqui e este vídeo do Space.com:
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os ASTROS POSSUEM DIFERENÇAS MAS OSOUTROS NÃO
A considerar anteriores dados confirmados pela Agência Espacial Eu4ropeia a formação geológica que compõem estes astros poderão evoluir em largos milhares de anos em planetas de dimensões semelhantes as da terra em constelações mais próximas da via Láctea.
A saber nem todas as anãs vermelhas detectadas pelo hubble, até hoje são poeiras e fragmentos de anteriores formações planetária.
Isso me lembra do sinal que o SETI detectou em 2005 se não me engado. Provinha de mil anos luz de distância em um ponto onde não há estrelas conhecidas – ou quem sabe de um planeta com o período orbital de ums 40 dias em torno de uma ana vermelha que não podemos ver.
O Cosmos nos deixa cada vez mais encantados.
Ora bolas, somos raridade, a grande maioria das formas de vida e das inteligentes inclusive devem orbitar anãs vermelhas, que na maioria nem tem jeito de ve-las.
Não existe um método de ideal traçar as anãs vermelhas de forma a catalogar todas num determinado espaço.
Mas muitas que encontramos o fator mais importante foi a sorte, e encontramos muitas, porque há muitas.
Mas a maioria é dificílimo de localizar.
Não duvido que ainda encontremos alguma anã vermelha mais próxima doq Alfa Centaury.
Chego a esta contatação apenas por uma questão de estatistica.
E das que encontremos, pode ser que alguma tenha vida e até mesmo avançada.. chances existem..
Author
Já agora,
estrelas mais frias têm zonas habitáveis mais estreitas, portanto a lógica do Jonatas não funciona completamente 😉 É preciso ter mais pontaria para por lá um planeta 😉
Author
Relativamente a Gliese 581, ainda se aguarda confirmação. Por enquanto o HARPS não conseguiu confirmar os supostos planetas f e g.
Quanto ao número total de planetas:
# total de estrelas na Via Láctea = 300 000 000 000 (300 mil milhões)
% de anãs vermelhas no total de estrelas = 75%
% de anãs vermelhas com Terras na zona habitável = 6%
# total Terras na zona habitável da anãs vermelhas na Via Lactea = 300 000 000 000 x 0.75 x 0.06 = 1 350 000 0000 (mil trezentos e cinquenta milhões)
nada mal ….
Isso implica que exisem quantos planetas do tamanho da terra, em zonas habitáveis de anãs vermelhas, na via lactea?
Isso faz sentido por que menores gravidades estelares igual Sistema Planetário mais compacto, mas Planetas por Zona, respectivamente.
Alguém tem dados confiáveis sobre afinal quantos planetas estão ao redor de Gliese 581, ou ainda aguardamos confirmação? 🙂
[…] (gráfico). Anãs vermelhas (100 bilhões de planetas, 60 bilhões de planetas habitáveis, planetas terrestres habitáveis). Anãs Castanhas (próximas com planetas, vários planetas, planetas rochosos). Órfãos (imensos, […]