Pela primeira vez, os cientistas descobriram micróbios que vivem dentro da crosta oceânica – dentro da rocha que existe no fundo oceânico. Esta crosta tem uma espessura de vários quilómetros e cobre 60% da superfície do planeta.
Os micróbios sobrevivem utilizando hidrogénio, formado devido à água passar pela rocha rica em ferro, e convertendo dióxido de carbono em matéria orgânica. Este processo chama-se quimiossíntese, que se distingue da fotossíntese ao utilizar neste caso o ferro em vez da luz solar para o mesmo propósito – ou seja, este processo produz matéria orgânica através de substâncias inorgânicas, sem necessidade de luz solar.
Estes microorganismos formam um extenso ecosistema (bactérias, fungos, etc) que vive na total ausência de luz e de todas as condições que consideraríamos apropriadas para a vida.
Basicamente, eles estão isolados para o exterior e, para eles, é completamente irrelevante o que acontece à vida cá fora.
Mark Lever, principal investigador deste estudo diz: “A água reage provavelmente com compostos minerais e ferro, e liberta hidrogénio. Os microorganismos utilizam o hidrogénio como fonte de energia para converter dióxido de carbono em material orgânico.”
Esta crosta basáltica no fundo dos oceanos foi provavelmente o primeiro sítio a ter vida. Seguidamente terão aparecido as bactérias que utilizam metano perto das chaminés negras.
Os extremófilos continuam a surpreender-nos…
E com as surpresas vem a pergunta: o que encontraremos na lua de Júpiter, Europa?
Leiam em inglês na Live Science, Nature e artigo científico.
2 comentários
1 ping
Eu amo o estudo da vida abaixo da terra.
Estas descobertas faz-me pensar que a vida em si é uma constante, afinal a cada descoberta alargam as condições ideais para que haja vida.
E em relação a lua de Jupiter neste momento quase que se espera que haja vida, microbiana.
[…] Em vulcões. Extraterrestres, Abissais. Local mais profundo. Beebe Hydrothermal Vent Field. Corais. Dentro da Terra. Borup Fjord Pass. Lago Vostok (características, falsos mistérios, vida, bactéria). Lago […]