Já vos falei da excelente série Sobreviventes, neste artigo.
Adorei grande parte da série. Mas existiu um episódio que me despertou mais a atenção.
No 5º episódio da série, o grupo de sobreviventes encontra uma pequena comunidade liderada por um líder espiritual de nome John. Os seguidores consideram que John é um visionário que os vai levar até um mundo muito melhor. Na verdade ele era uma pessoa com graves problemas mentais que tinha estado internado numa instituição psiquiátrica antes da epidemia.
O episódio levou-me a reflectir em 4 coisas:
– Em alturas de crise, as pessoas seguem alguém que lhes dê esperança em algo maior que elas.
– O líder pode ser completamente louco que as pessoas nem se dão conta.
– Envereda-se por um seguidismo cego, com base naquilo em que as pessoas acreditam ser verdade, sem se darem conta que estão a ser manipuladas.
Até aqui, note-se que foi assim que Hitler chegou democraticamente ao poder, prometendo melhorar a vida miserável que os Alemães tinham na altura e prometendo restaurar o orgulho alemão.
– a última coisa que achei interessante foi o tal líder espiritual ter-se tornado desta forma, segundo ele, por ouvir vozes na cabeça. A ideia de ouvir vozes na cabeça é interessante. Pode indicar um distúrbio (e neste caso indicava). Mas o mais interessante é como as outras pessoas lidam com isso. Se a pessoa disser que as vozes são de Napoleão, do Pai Natal, de unicórnios voadores, etc, essas pessoas serão desconsideradas pela sociedade como sendo loucas; no entanto se a pessoa disser que é a voz de Deus (como era o caso do John), então neste caso as crenças pessoais das pessoas passam a falar mais alto do que a racionalidade, e as pessoas seguirão o novo “profeta”. As vozes na cabeça não mudam; o que muda é a percepção psicológica que as pessoas têm a diferentes nomenclaturas.
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