A Boy And His Atom (Um Rapaz E O Seu Átomo) é o nome do filme mais pequeno de sempre, certificado pelo já conhecido Guinness World Records. O filme retrata a história de amizade entre um átomo e um rapaz, ele próprio feito de átomos individuais, que foram ampliados cerca de 100 milhões de vezes.
O filme foi realizado por investigadores da IBM com o auxílio de um microscópio de tunelamento por varrimento, que funciona por intermédio de uma sonda, uma agulha extremamente afiada, que faz uma leitura táctil da superfície de um material à escala atómica. Um processo que se assemelha a um cego a ler um texto em braille com os dedos. A sonda nunca chega realmente a tocar no material, ficando a uma distância suficientemente pequena (cerca de 1 nanómetro) para permitir a existência de uma corrente eléctrica entre a superfície do material e a sonda por acção do efeito túnel. A medição e registo das diferenças na corrente eléctrica ao longo da superfície do material são depois transformadas em imagens que permitem visualizar átomos e moléculas. Para além da geração de imagens, o mesmo equipamento pode ser utilizado para manipular átomos e criar diversas estruturas na superfície de materiais.
Não é a primeira vez que investigadores da IBM criam imagens manipulando átomos individuais, existem várias a circular na Internet como um logótipo do Star Trek, mas este é o primeiro filme produzido desta forma. Para realizar os cerca de 60 segundos que compõem o filme, os investigadores tiveram de deslocar 130 átomos de uma superfície de cobre e gerar 250 imagens que foram depois utilizadas para produzir a animação. Esta é uma tecnologia com aplicações na área da computação e armazenamento de dados, mas os investigadores pretendem também, através desta forma de arte atómica, inspirar os mais jovens a seguir os estudos na área da ciência.
A Boy And His Atom
Making Of A Boy And His Atom (disponíveis legendas automáticas em português)
2 comentários
Fantástico!
Como explicar o armazenamento de dados com esta tecnologia?
É fantástico!