Bactérias que se alimentavam de níquel contribuiram bastante para a pior extinção em massa na Terra

Nos últimos 500 milhões de anos, existiram 5 grandes extinções em massa.
A única que se sabe a causa é a que ocorreu mais recentemente, há 65 milhões de anos. Nessa altura, morreu cerca de 75% de toda a vida na Terra, incluindo os dinossauros. A causa principal foi a colisão de um asteróide.
Mas a pior extinção em massa de que há registo foi há 250 milhões de anos, quando mais de 90% de toda a vida se extinguiu.

Não se sabe a razão para essa maior extinção em massa.
No entanto, um estudo recente mostra que bactérias que comiam níquel terão tido um papel preponderante nesta extinção.
A extinção foi relativamente rápida: em somente algumas centenas de milhares de anos.
A extinção deu-se em passos subsequentes: inicialmente, uma enorme actividade vulcânica na região actual da Sibéria terá colocado enormes quantidades de níquel na atmosfera. Esse níquel foi precipitando, entrando nos oceanos. Bactérias que viviam nos oceanos e que usavam o níquel no seu metabolismo prosperaram enormemente nessa altura. Esses bactérias “comiam” níquel e “deitavam fora” metano. Ao produzirem metano, a atmosfera ficou com elevados níveis de metano. Como o metano é um dos principais gases do efeito de estufa, então o aquecimento global levou a uma extinção em massa.
Assim, esta extinção terá tido como causas a forte actividade vulcânica, as bactérias que se alimentavam de níquel, o forte incremente de metano na atmosfera, e o subsequente aquecimento global.

De qualquer modo, é preciso referir que o estudo é ainda bastante especulativo já que se assume várias coisas nos diferentes passos sem que se possa provar que isso realmente aconteceu.

Leiam o artigo em inglês, aqui.

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