2 – Coisas que as Moléculas Fazem (Some of the Things That Molecules Do)
Este episódio cobre a evolução da vida na Terra.
O grande tema do episódio é a evolução, a mudança, a transformação.
Tyson descreve a seleção artificial, feita pelo homem, ao domesticar os lobos e transformá-los em cães. Os Humanos interferem na evolução natural de alguns animais e plantas, fazendo com que a evolução vá na direção que eles desejam.
Tyson também descreve a seleção natural, que gradualmente criou espécies como o urso polar e que também esculpiu o extraordinariamente complexo olho humano.
Os indivíduos que melhor se adaptam a determinado ambiente numa dada altura, têm uma vantagem que se traduz numa maior procriação. Essa vantagem vai-se transmitindo geneticamente à sua descendência, e após algumas gerações todos os indivíduos poderão ter essa vantagem (que não existia inicialmente). Exemplo: os ursos são castanhos; entretanto um sofreu uma mutação aleatória, que lhe deu uma vantagem no ambiente polar: tinha pelo branco que lhe permitia estar camuflado, o que o levava a caçar mais facilmente e esconder-se de predadores; essa vantagem fez com que ao fim de várias gerações se passasse a ter uma população de ursos polares.
Tyson utiliza a Nave da Imaginação para mostrar como o DNA, os genes e as mutações funcionam.
Tyson utiliza este conhecimento para demonstrar como isto levou à diversidade das espécies (representadas na Árvore da Vida), e como levou ao desenvolvimento de órgãos complexos (como o olho) comuns a diferentes espécies.
Na terceira grande parte deste episódio, Tyson explica as razões para as espécies se extinguirem e menciona as 5 maiores extinções em massa dos últimos 500 milhões de anos, que exterminaram numerosas espécies na Terra. A maior terá sido há 250 milhões de anos, no super-continente da Pangea, causada por erupções vulcânicas que exterminaram 96% de vida na Terra (incluindo as trilobites).
Seguidamente, Tyson fala dos tardígrados que sobreviveram a essas extinções e ainda hoje continuam a prosperar.
Depois disto, Tyson especula sobre vida noutros locais do sistema solar, como em Titã.
Por fim, Tyson discute rapidamente a origem da vida na Terra.
O episódio termina com uma animação vinda do Cosmos original de Sagan, onde é mostrada a evolução da vida, desde organismos unicelulares de há 4.000 milhões de anos até à Humanidade atual.
Este episódio é fabuloso, melhor que o primeiro.
Tem excelentes efeitos especiais (CGI).
Adorei quando Tyson diz que a Evolução não é “somente uma teoria“, não é uma opinião. “A Teoria da Evolução, como a Teoria da Gravidade, é um facto científico.”
A narrativa a explicar como a evolução funciona está muito bem conseguida. Está simples e brilhante. É bastante inspiradora e compreensível.
Adorei a mensagem sobre estarmos todos ligados: toda a vida na Terra está ligada entre si. “A ciência revela que toda a vida na Terra é una.”
Adorei Tyson ter utilizado e começado o episódio com o exemplo dos cães (de onde todos eles vieram?). A razão é simples: permite que as pessoas se identifiquem porque os cães são animais de estimação adorados pelas pessoas.
Adorei o facto de Tyson ter dito que foram os lobos que domesticaram os seres humanos: enquanto os humanos passavam pelo perigo da caça, os lobos simplesmente vasculhavam o lixo, e assim podiam comer mais regularmente e ter mais crias. Ao não ameaçarem os humanos, tornou-se bastante vantajoso para os lobos.
Foi a “sobrevivência do mais simpático”. 😀
Adorei o segmento sobre a evolução do olho. Onde Tyson fala no desenvolvimento do complexo olho e diz literalmente que é uma conceção errada falar de um Criador Inteligente (Intelligent Designer).
Gostei bastante do segmento sobre a “evolução em movimento” e sobre as “mutações aleatórias” que permitem ao urso polar sobreviver em condições extremas.
Pessoalmente, gostei também das pequenas “alfinetadas” às crenças Criacionistas. Aliás, este episódio deveria ser visto por toda a gente, sobretudo Criacionistas.
Uma dessas alfinetadas é quando Tyson fala dos chimpanzés e diz: “A família é quem mais nos envergonha”.
E, seguidamente, de forma brilhante começa a falar sobre as semelhanças (incluindo de DNA) entre os humanos e as árvores. Normalmente não se pensa em semelhanças entre espécies tão distintas, e por isso é que é brilhante, porque deve ter feito explodir algumas cabeças criacionistas…
Gostei de, em Titã, Tyson alargar o conceito de vida para algo diferente do que pode existir na Terra. Vida muito diferente da que estamos habituados.
E Tyson deixa perceber que os cientistas pensam sobre isto, ao contrário das ideias limitadas daqueles que imaginam OVNIs e outras tretas supostamente extraterrestres semelhantes ao que conhecem na Terra.
Tyson estimula a imaginação e evidencia que a ciência “vê mais longe”.
Mais uma vez não entendo porque alguns temas são inseridos à força nos episódios. Por exemplo, neste episódio, porque Tyson começou a especular sobre vida em Titã? Não faz sentido essa inconsistência. Esse assunto não teria que ser inserido. É uma distração que foge ao grande tema do episódio. Não faz qualquer sentido.
Também não entendi o porquê da existência da parte da origem da vida na Terra, que foi demasiado rápida e superficial.
Não gostei da animação final. Dá a ideia de uma evolução linear e com um propósito final: Humanidade.
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ola preciso saber sobre as datas que surgiram os seres se vcs souberem me avisem ,obrigado
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Quais seres?
O Calendário Cósmico foi falado no primeiro episódio:
http://www.astropt.org/2014/08/18/cosmos-primeiro-episodio/
abraço
Olá bom dia; o que sustenta essa teoria do evolucionismo ?
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Todas as evidências que temos à nossa disposição.
Qualquer livro de biologia lhe dá as respostas.
De resto, qualquer pessoa que tenha dúvidas nessa área, pode estudar biologia e trabalhar com moscas da fruta, por exemplo, e perceber por si própria (com experiências suas) alguns dos fundamentos da Evolução.
abraços
Fale menos gostei e adorei. Fora isso, me ajudou bastante seu resumo.
Eu também gostei muito deste episódio mas, mais uma vez, me escaparam certos aspetos que aqui são apresentados,mesmo os mais positivos. Tenho mesmo que rever a série, acompanhada por estas opiniões.
Um abraço, Professor.
Perfeitamente de acordo, dos 3 que vi foi o melhor e adorei, e também só não gostei da parte de titã, deu a sensação de estar martelado ali no meio.
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https://www.facebook.com/astropt/photos/a.518070441537586.127548.518068711537759/849301368414490/
O 2º episódio de Cosmos – Coisas que as Moléculas Fazem (Some of the Things That Molecules Do) – é BRILHANTE.
É um dos melhores episódios de toda a série.
Este episódio cobre a evolução da vida na Terra.
O grande tema do episódio é a evolução, a mudança, a transformação.
Seleção natural, seleção artificial, grandes extinções, etc, são os grandes ensinamentos deste episódio.
A minha frase favorita: “foi a sobrevivência do mais simpático”.
Em vez de passarem o novo filme do Russel Crowe, “Noah” nos cinemas, deviam era passar este episódio de Cosmos…
[…] – Coisas que as Moléculas Fazem (Some of the Things That Molecules […]
[…] e episódios piores, mas no geral, a série é excelente! Para mim, os melhores episódios foram: 2º, 3º, 8º, 9º, e […]