“Para sempre” é realmente tempo a mais…
Pensemos no Super-Homem – ele não vivia para sempre, mas a nós, terrestres, parecia-nos isso porque mesmo que vivesse “somente” 1000 anos, para o nosso tempo de vida isso já seriam várias gerações e parecer-nos-ia realmente que ele era um ser imortal.
Pensemos no Highlander, que também não viveu sempre, mas era considerado imortal.
Olhando para as espécies terrestres, vemos que a mosca vive 1 mês, um beija-flôr 2 anos, um canário 20 anos, um humano cerca de 75 anos, certas tartarugas vivem 150 anos, e um pinheiro na Califórnia (denominado Matusalém) tem quase 5000 anos.
Daí que é estranho, quando pensamos em vida extraterrestre, assumirmos que eles terão um tempo de vida semelhante aos seres humanos.
E essa suposição errada vai afectar outras “conclusões”, como por exemplo a hipótese de viajar entre as estrelas, caso sejam civilizações extraterrestres tecnologicamente avançadas.
Sabemos que a longevidade das espécies está associada ao metabolismo. Quanto mais intenso o metabolismo, mais curta é a vida. Quanto mais intensamente a espécie se alimenta e gasta a sua energia, menos tempo vive. Esta relação vê-se até nas estrelas – as mais massivas, e mais energéticas, são as que menos tempo vivem.
Quer isso dizer que seres que vivam indefinidamente têm que ser os mais quietos? Segundo o que sabemos de alguns extremófilos, a resposta é Sim.
Como é que isso se coaduna com uma possível civilização extraterrestre que seja curiosa e que queira viajar entre as estrelas?
Só afectando outros factores.
Por exemplo, poções para retardar o envelhecimento, ter capacidade para uma contínua renovação das células, e decididamente um controlo a nível genético.
Em termos de longo prazo, a ciência costuma evoluir como um todo, o que quererá dizer que quando conquistarmos o espaço também conquistaremos o tempo… de vida.
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Curiosamente, Frank Drake, o pai do SETI disse isto: “Immortality may be quite common among extraterrestrials”, e espera que os ETs nos dêem o segredo da imortalidade.