O “quantum entanglement” é um fenómeno que permite que 2 ou mais objectos estejam ligados de tal forma que um deles não possa ser completamente descrito sem a descrição do outro. Ao observar-se um objecto, o outro objecto que pode estar a enormes distâncias sabe exactamente e instantaneamente que propriedades conter (em relação ao outro objecto). Parece haver uma comunicação de informação a largas distâncias de forma instantânea, o que torna esta “ligação-fantasma” um mistério cada vez mais interessante. Ou então, os objectos são na realidade o mesmo, e a percepção de espaço é que é enganadora – serão as ligações a 3 dimensões, objectos únicos enormes a 4 dimensões espaciais? Seja como fôr, parece que tudo está ligado…
Em Abril de 2010 foi descoberto que a mecânica quântica também funciona com objectos macroscópicos, abrindo a possibilidade de “entrelaçamento quântico” (“quantum entanglement“) em escalas humanas…
Pensava-se que isto era uma propriedade somente da quântica, mas pelos vistos, essas “ligações-fantasma” poderão existir a nível macroscópico também, como podem ler aqui, aqui, e aqui.
Isto poderá provocar um terramoto naquilo que consideramos ser a “realidade”…
Esta descoberta foi considerada a Descoberta do Ano, pela revista Science, como podem ler aqui, aqui, e aqui.
Agora, uma investigadora do MIT, e colegas da Universidade de Singapura, dizem que esse “quantum entanglement” é o que faz com que o ADN permaneça junto.
A ser verdade, seria mais um passo de gigante para compreender a vida…
Leiam aqui, aqui, e aqui.
3 comentários
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Engraçado a questão do quantum entanglement, ainda mais quando você imagina algo da área de programação, como referencia e objeto de orientação a objetos. Você pode criar um objeto, único com propriedades próprias, porém ter varias referencias para este objeto, e carrega-las para onde quiser, porém no momento que faz alguma alteração utilizando de alguma das referencias, o objeto é alterado e assim alterado instantaneamente nas outras referencias… Algo que me deixou muito instigado com um pensamento desse, porém nada mais que uma teoria sem nenhuma comprovação de um programador que estuda física…
De qualquer forma, ótimo artigo. 😀
Parabéns.
Author
Olá,
Antes de mais, deixe-me realçar que a passagem para a “dimensão humana” é ainda pura especulação.
É certo que esta investigação (ainda discutível) aponta nesse sentido, para podermos “ver” a quântica no nosso mundo, mas ainda é numa realidade muito pequena para nós.
Claro que não sei se com mais investigação, a Quântica poderá ser vista ao nível… Relativistico, e assim haver realmente um salto “fantasmagórico”.
Nesse sentido que a Ana Margarida suponho que está a dar à Alegoria da Caverna do Platão, sim, estaria de acordo com estarmos a viver no mundo das “sombras”. O que neste caso quereria dizer que ao observarmos qualquer coisa, o “estado” dessa “coisa” e de outra “do outro lado do Universo” automaticamente “caía”. Ou seja das diversas sobreposições que possam existir, a nossa será uma das realidades que passa a existir, a partir do momento em que a observamos. Nesse caso pode ser considerado uma “sombra”.
Por outro lado, não acho que estejamos a falar de Universos Paralelos (ao estilo do filme Super Mario Bros.), apesar de achar que possa haver ligações à série Sliders, com “realidades alternativas”. Talvez seja isso que a Ana Margarida se referiu?
A ideia que me deu quando li (e são “deambulações mentais” minhas, sem evidências), foi mais o estilo dos filmes MIB, em o nosso Universo ser um pequeníssimo pedacito de pó de algo gigantesco. Ou seja, não tanto universos paralelos, mas sim universos dentro de outros universos muito maiores.
Mas parece-me que o paralelismo dos episódios de “Sliders” também pode-se aplicar aqui. Não tinha pensado nisso, mas realmente tem razão nesse aspecto.
Quanto às medicinas orientais, sinceramente parece-me que o fascínio ocidental por elas pode ser similar ao fascínio ocidental pelas religiões orientais. Ou seja, sabe-se o que existe de errado no nosso mundo ocidental, e assume-se que o misterioso, aquilo de que não sabemos tanto, tem que estar certo.
Agora, o que me parece também é que não só os orientais, mas também os indígenas no “Novo Mundo”, praticavam medicina sem a perceberem. Ou seja, enquanto os ocidentais têm que perceber o porquê de esta “fórmula” dar certo e aquela não, os orientais limitam-se ao “causa-efeito”. Ou seja, se dá certo, dá certo, e a explicação científica não é essencial, mas sim o que é essencial é praticar. Nesse aspecto, podemos ocidentalmente estar agora a “tentar explicar” algumas dessas “causa-efeito”. Que podem ser reais ou não. Ou seja, há – ou pode vir a haver – uma explicação (ocidental) para algumas “causa-efeito” que funcionam no Oriente há milhares de anos.
Bom dia, Carlos!
Isto faz lembrar as teorias sagradas dos indígenas ou mesmo Platão e a Teoria das Ideias.
Mundos paralelos. Não sei, não tenho conhecimentos suficientes, mas faz-me lembrar.
Terá alguma coisa a ver?
É porque consigo observar que por exemplo a medicina tradicional chinesa e a ayurvédica têm muitas particularidades que conseguimos hoje ver com todos os aparelhos que a tecnologia trouxe, mas que antigamente só com a observação intuitiva eles conseguiram apontar.
[…] – Maiores descobertas. Macro-Quântica. Melhores: 2010, 2009, 2008 com […]