Há 2 anos atrás, andávamos aqui no blog constantemente a dar notícias sobre como o Sol estava a atravessar um período muito calmo.
Apesar do ciclo solar continuar, o certo é que havia um abrandamento do “poder” das explosões solares.
Claro que estas eram notícias científicas que iam contra a ideia de que o Sol iria acabar com o planeta em 2012, por isso os pseudo faziam de conta que estas notícias não existiam.
Devido a esse período brando do Sol, ficou-se a perceber que o novo máximo solar já não iria ser em 2012, mas sim em 2013. (obviamente, esta foi mais uma notícia ignorada pelos profetas da desgraça, porque não convém que as pessoas tenham este conhecimento, senão não compram os livros de mentiras sobre 2012)
Este ano temos tido muito mais notícias de fortes tempestades solares, como podem ler nesta categoria.
E, devido a isso, podemos ficar com a ideia que o Sol está a ficar incrivelmente forte.
Mas isto é mentira.
Na verdade, o Sol anda mais manso (“preguiçoso”) do que os modelos científicos previam, tendo em conta o ciclo solar. Aliás, as explosões recentes têm tido tão baixa intensidade (comparadas com há 10 anos atrás, por exemplo), que já se pensa que o pico solar (com maior intensidade) será só em 2016!!!
E agora, o que será que os vendedores de livros pseudo vão dizer?
Será que vão avisar as pessoas que realmente o Sol irá estar calmo em 2012? Ou será que vão ignorar mais esta notícia científica, porque não lhes convém em termos de vender o medo irracional? Aposto, obviamente, na 2ª hipótese.
Será que vão agora escrever livros a dizer que os Maias estavam enganados? Se o fizerem, então será novamente só para vender livros (tal como nos livros anteriores em que disseram que eles previram isso), porque os Maias não estavam enganados. Simplesmente, os Maias nunca falaram disso.
A verdade é só uma: o Sol ainda é muito mal compreendido.
Em 1980, ainda nem sequer sabíamos dos efeitos das “solar flares” (tempestades solares na nossa direcção), por exemplo.
Hoje, ainda existem assuntos solares misteriosos para nós, e não compreendemos totalmente os efeitos do Sol.
Mas de uma coisa temos a certeza: só a ciência nos poderá dar as respostas e nos permitirá compreender melhor os ciclos e efeitos solares.
4 comentários
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nasa.gov…
A NASA vai fazer uma conferência sobre o Sol, esta 4ª feira:
http://www.nasa.gov/home/hqnews/2011/mar/HQ_M11-043_SunSpots.html
“NASA has rescheduled a media teleconference for 2 p.m. EST on Wednesday, March 2, to discuss the first computer model that explains the recent period of decreased solar activity during the sun’s 11-year cycle. The recent solar minimum, a period characterized by a lower frequency of sunspots and solar storms, ended in 2008 and was the deepest observed in almost 100 years.”
Author
Sabes que o Kaufmann está numa Universidade em S. Paulo, daí que isto seja provavelmente uma entrevista que lhe fizeram e ele disse esse ano na entrevista.
É certo que ele tem vários papers sobre actividade solar.
Exemplo: http://arxiv.org/PS_cache/arxiv/pdf/0812/0812.4671v3.pdf
http://icelandshadow.myipcn.org/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6VHB-51PRYH6-1&_user=10&_coverDate=12%2F15%2F2010&_rdoc=48&_fmt=high&_orig=browse&_origin=browse&_zone=rslt_list_item&_srch=doc-info%28%23toc%236062%239999%23999999999%2399999%23FLA%23display%23Articles%29&_cdi=6062&_sort=d&_docanchor=&view=c&_ct=121&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=ce97ebd30d2f8f89abda7838af0da9d9&searchtype=a
O que me parece é que isto foi dito numa entrevista para um jornal.
Assumo que ele disse isso com base em dados que tem, mas que ainda não tenham sido publicados em papers.
Nota também que ele deixa no ar a hipótese disso nem acontecer, e pura e simplesmente o ciclo solar começar a perder manchas solares a partir de 2013.
😉
Confesso que me surpreendeu a referência de um máximo solar para 2016. Não consigo encontrar qualquer referência a esse valor (excepto no jornal do link). Há algum site com esta previsão que possa consultar?
O que conheço é a previsão, baseada no método de Hathaway, Wilson e Reichmann (nº de manchas visíveis à superfície), que continua a apontar para um máximo em Junho/Julho de 2013. Com base neste método (e tendo em conta as observações até ao início do mês de Fevereiro), o que está a mudar não é a data em que ocorre, mas sim a amplitude do máximo.
http://solarscience.msfc.nasa.gov/predict.shtml
No entanto, o que interessa para a maior parte do artigo (e que não interessa aos “arautos da desgraça”) é que o máximo, definitivamente, não será em 2012.
Essa imagem do tamanho da Terra ao lado da explosão solar mete respeito e reduz-nos um bocado à nossa “insignificância”…