T Pyxidis – Variável Cataclísmica


lemos neste blog algo sobre esta supernova. Óbvio que muita coisa na net foi escrita com o intuito de enganar e meter medo. Vamos ver que animal é este no zoo cósmico e descobrir o que pode provocar em nós.

T Pyxidis é uma estrela da constelação de Pyxis, ou Bússola, e pertence a uma categoria estelar denominada de “variável cataclísmica” do tipo “nova recorrente”. Em 1966, a 7 de Dezembro, dá-se a erupção da estrela T Pyxidis.

“Uma nova é um sistema binário composto por uma estrela gigante orbitada por uma anã branca. A gigante expande a ponto de as suas camadas externas deixarem de estar ligadas gravitacionalmente, precipitando-se em direcção à anã branca”. Este material acumula-se e “desencadeia uma explosão termonuclear na superfície da companheira anã”. O fenómeno produz um aumento de luminosidade. Esta nova atinge até à 6ª magnitude.

Esta nova já repetiu as erupções em 1890, 1902, 1920, 1944 e 1966. Assim, é chamada de nova recorrente. Para Edward M. Sion, Patrick Godon e Timothy McClain esta nova recorrente pode evoluir para supernova do tipo 1, capaz de libertar 10 milhões de vezes mais energia.
É aqui que ocorre a desinformação na internet. A T Pyxidis encontra-se a 3.300 anos-luz e, se ocorrer uma supernova tipo 1, poderá arrasar com a atmosfera terrestre. Em primeiro lugar a erupção pode demorar milhões de anos até ocorrer. Em segundo lugar é necessário que a energia viaje os 3.300 anos-luz, ou seja, no mínimo 3.300 anos. Existem relatos falsos de profecias maias que indicam uma erupção da supernova que nos irá afectar ainda este ano. Completamente impossível.

Podemos reler neste blog um excerto de mais uma excelente informação do Carlos Oliveira:

“De acordo com o astrónomo Edward Sion, da Villanova University, na Filadélfia, a estrela T Pyxidis parece destinada a explodir com força para se transformar em uma supernova – corpos celestes que surgem depois de explosões de estrelas com mais de 10 massas solares.
A esta distância, dizem os astrónomos, a explosão com força estimada de 20 bilhões de bilhões de bilhões de megatons de TNT poderia destruir a camada de ozono da Terra, deixando o planeta vulnerável a radiações.
(…)
A T Pyxidis está muito mais próxima da Terra do que se imaginava e que se trata, na verdade, de um sistema com duas estrelas em que uma delas atua como sol, e a outra, menor e mais densa, como anã branca.
A anã branca está ganhando massa com o gás vindo da estrela vizinha. Se sua massa ultrapassar 1,4 vezes a massa do sol – o chamado Limite de Chandresekhar – ela está destinada a sofrer uma poderosa explosão termonuclear que a destruiria e que poderia afetar também a Terra.
O evento, chamado supernova Tipo Ia, liberaria 10 milhões de vezes mais energia do que a explosão de uma nova (quando estrelas comuns chegam ao fim de sua vida útil), que dá origem às anãs brancas.
(…)
Mas apesar do risco, os astrónomos afirmam que não há motivo para pânico, já que a estrela só deve chegar ao limite de Chandresekhar – provocando a massiva explosão – em 10 milhões de anos.”

Fonte: Scientific American

3 comentários

    • Matheus Peixoto on 05/02/2015 at 00:40
    • Responder

    Mas se ela já se encontra em estado de acreção de massa, até já apresentou algumas ”erupções”, ainda assim podemos dizer que a possível supernova demorará tanto?

    • Matheus Peixoto on 04/02/2015 at 20:56
    • Responder

    Mas a distância segura pra uma supernova, não seria de 100 anos luz? Se estamos em risco caso ela exploda, mesmo que em 10 milhões de anos, isso significa que estrelas como Betelgeuse e IK Pegasi representam um risco pra nós?

    1. Por favor leia o post e os links referidos.
      Em todos os posts é dito que a informação dada pelos artigos nos jornais são informação enganosa.

      Aliás, neste post é claramente dito: “Completamente impossível.”

      abraços

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