Eis uma frase simples e de extrema precisão. A ciência não vive de previsões. Mas sim de probabilidades.
Para alguns, tal constatação pode parecer um fator negativo. Assustador, até mesmo. Contudo, trata-se mesmo é de uma vantagem! Ao basear-se em probabilidades, a ciência distancia-se de preconceitos. Abre espaço para perguntas como “Por que?”, “Como?”, “Quando?”… “Onde”. Impede-nos de ficar à margem de pensamentos e conceitos alheios. A investigação é algo que nos concede asas. Nascemos cientistas.
Pode notar… Quando crianças, queremos saber sobre tudo! Algo que, de certo modo, é ceifado com o tempo. E não apenas porque descobrimos algumas das respostas. Os motivos? Vários. Inclusive os adultos. Muito pior que não ter refutar às questões dos pequenos é limitar-se a dizer “Porque sim”, “Você faz muitas perguntas”. Ah… E sem esquecer-se do famoso “Mas que bagunça é essa?”, usado por adultos quando crianças se metem a fazer “experiências científicas”.
De fato, um excelente artifício é incentivar as crianças à leitura. E, se ainda não são alfabetizadas, deveríamos ler com elas. Entender e transmitir tais informações, de modo simples e preciso.
Esta característica, a da probabilidade, é o que faz a ciência pulsar. É o que nos garante computadores, internet, frigoríficos, máquinas hospitalares… É desta forma que sabemos, por exemplo, como funciona a gravidade. Tudo aquilo usado em nosso cotidiano baseia-se neste simples conceito científico. Mesmo aquilo que não notamos – ou que damos pouca importância. Assumir que a gravidade funcionará no segundo seguinte baseia-se neste incrível conceito da probabilidade.
É o nosso cérebro a fazer muitas previsões num segundo e a chegar à mais provável. Até toda a matemática que regula a nossa vida em todos os segundos sem nos darmos conta, tem por base este simples conceito. O conceito da probabilidade.
E o que mais ainda governará… Sabendo que a mecânica quântica na base do que será o nosso mundo também tem a probabilidade como rainha.
Ciência, conhecimento, vida. Tudo isso é uma sequência de probabilidades. Algo que traz à mente outra frase. Essa, porém, de Carl Sagan: “Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, é um imenso prazer para mim dividir um planeta e uma época com você”.
Nós, do Astropt, somos privilegiados em compartilhar contigo os conhecimentos e carinho que temos pela ciência!
Veja também: Carlos Oliveira explica sobre as diferenças entre possível e provável
Texto desenvolvido a partir da parceria entre Carlos Oliveira e Rafael Ligeiro.
2 comentários
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Tony Silva, fiquei curioso sobre essa carta, como é exatamente a história [a imagem está bem resumida], e quando será a data de “abertura” da mesma?
Em relação à crítica contra o Einstein, também fiquei bastante curioso, se alguém puder esclarecer melhor do que se trata…=D
Este ano faz 50 anos que morreu o Bohr. Vamos poder ver o contéudo da carta que ele deixou à Humanidade sobre porquê que César Lattes não foi prémio nobel.
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