“Dedicação é a capacidade de se entregar à realização de um objetivo.
Não conheço ninguém que tenha progredido na carreira sem trabalhar pelo menos doze horas por dia nos primeiros anos. Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amigável com seus filhos, terá de se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo. Se quiser um casamento gratificante, terá de investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo. O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem. Mas, para conseguir um resultado diferente da maioria, você tem de ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados. Não se compare à maioria, pois, infelizmente, ela não é modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá de estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar, enquanto os outros tomam sol à beira da piscina. A realização de um sonho depende da dedicação. Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão.
E ilusão não tira ninguém do lugar onde está.
Ilusão é combustível de perdedores.”
Roberto Shinyashiki
À princípio, perguntamo-nos no quê esse texto do Roberto Shinyashiki (médico psiquiatra e conferencista) tem a ver com Cosmologia e áreas correlatas. Ouso afirmar que não só tem tudo a ver com essas áreas como também em todas as áreas que atuamos academica e/ou profissionalmente – sejam nas áreas de Ciências Humanas; sejam nas áreas de Ciências Biológicas; sejam nas áreas de Ciências Exatas e Tecnologia (e perdoem-me pela utilização da antiga expressão acadêmica).
As frases em negrito (negrito este meu) são as que gostaria de tecer alguns comentários. E apenas citarei um exemplo: o tal do Nibiru. Já foi explicado dezenas de vezes, como por exemplo, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui, que Nibiru não existe e, no mínimo, se tratando de um free-floating não possui órbita de 3600 anos; não existe nenhuma civilização extraterrestre residindo neste (a lembrar dos Anunnakis); e não vai adentrar nosso Sistema Solar – nem em 2012, nem em 2013, nem num futuro próximo. Entretanto, diante de evidências concretas para dirimir o pânico ou medo de muitas pessoas por causa de um objeto que sequer existe com tais características, pseudos continuam a afirmar…
Vocês todos só enxergam o que querem ver.
Vocês todos têm a mente fechada.
… e tudo isso, sob ótica pessoal, tem toda relação com as frases destacadas do Shinyashiki: Nibiru ou qualquer outro corpo celeste é um tipo de ilusão englobado numa ESPERANÇA. A ignorância científica, neste ponto, já foi ultrapassada. Só resta uma esperança. E esta esperança, por sua vez, está refletida na ilusão face ao sentimento de incapacidade de mudar o mundo (o que, sinceramente, acho impossível. Por que não começar a mudar o “mundo” ao seu redor? 😉 ); ilusão num corpo celeste para refrear as guerras e os genocídios; ilusão numa catástrofe para extinguir as mazelas humanas; ilusão em ver o ressurgimento de um mundo diferente do atual. Em outras palavras, ESPERANÇA em ver um mundo melhor…
(…)
Tem esta esperança alguma diferença com nossas crenças religiosas ou outras esperanças de qualquer espécie? 😉 Categoricamente… não. E por mais que tivesse algum fundo de verdade em qualquer característica de Nibiru, esta, acima de qualquer coisa, não passa disso: ilusão. Como bem afirma o Roberto Shinyashiki, muitas pessoas simplesmente esperam que tudo isso se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão. E ilusão aprisiona-nos no lugar que estamos. Quer que o mundo mude para melhor? Comece ajudando, verdadeiramente, o mundo ao seu redor. Quer ver o mundo renascer? Faça renascer outra pessoa dentro de si. Se cada um de nós, nesse planeta, sem exceções, fizermos nossa parte – a partir das pequenas coisas – chegaremos ao dia que cada um realizará coisas incomensuráveis e toda essa vã esperança em mudanças a partir de grandes cataclismas, finalmente, cairá por terra e cairá essa venda de nossos olhos que é a verdadeira matrix: a matrix do conhecimento de si mesmo.
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Achei interessante a ideia da inserção de uma música no post depois de ler este excelente artigo deste jovem, André – dono do Ceticismo.net.
15 comentários
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Cavalcante como o de todos aki seus artigos são muito incriveis, adoro lê los. esse seu artigo mostra sencibilidade que poukos tem. como fazem pra terem tanta inspiração?
Beijos!!!!
Author
Bom, eu agradeço Natália. 😉 Mas não sei ao certo qual sensibilidade seria essa.
De vez em quando, sento-me e bebo umas cervejas com o Sábio Senhor:
http://www.formspring.me/pilandia
Beijinhos.
Aperfeiçoas-te as minhas palavras, é exatamente isso!
Bom topico cavalcanti
Author
Agradeço, paulo.
🙂
dei um toque a mais, que inclui o egoísmo por parte da humanidade, talvez por isso fugir um pouco ao texto… mas …
depois está escrito isso…
“Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão.”
concordo, aliás tem sido cada vez mais assim, nem todos seguem seus objectivos apenas por falta de vontade, está um excelente texto escrito e muita gente devia reflectir sobre ele.
” Quer que o mundo mude para melhor? Comece ajudando, verdadeiramente, o mundo ao seu redor. Quer ver o mundo renascer? Faça renascer outra pessoa dentro de si.”
o pior é que o bem está sempre na influencia do mal…
maioria das pessoas optem pelo caminho mais fácil, que o torna difícil para outros…
Author
Olá,
Sim, já agora, compreendo perfeitamente. Acredito que na última frase, o que pode existir, de modo mais concreto, é a prejudicialidade imediata que algumas pessoas sofrem quando outras escolhem um caminho mais “fácil”. Nas relações socioeconômicas, por exemplo, se alguém “ganha”, outra tenderá a “perder”. 😉
Não pode a malignidade influenciar enquanto ao seu redor só existir “luz”. 😉
Abraços.
Tive de recorer a uma palavra em ingles mas parece que alterou tudo 🙂
O que devia estar aí escrito é:
Apenas eu, e mais ninguem
Author
paulo,
A escrita em inglês eu compreendo perfeitamente. O que não entendo é seu contexto. Aliás, a bem da verdade, não sei qual relação entre si dos 3 parágrafos contidos naquele seu primeiro comentário. 😉
Abraços.
tudo o que está escrito está certo… maioria das pessoas é que o tornam errado…
only me, and nobody else …
pensamentos atuais em maioria…
Author
“only me, and nobody else …”
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???
Estimado Cavalcanti,
Mais uma vez aos “ombros de um gigante”.
Pois, “Para colhermos necessitamos de semear”.
No entanto, quando queremos mudar algo (mesmo no mundo que nos rodeia) pode ser dificil devido aos “vectores gravitacionais” que controlam a “nossa” liberdade.
Constacto também que existem pessoas que conseguem chegar a cargos e até ao governo português sem sequer perder uma noite a estudar para um exame, e, por magia sábia o canudo académico é lhe atribuido. Conhece o caso Relvas?
Enfim…
Author
Olá, caro amigo Renato, 🙂
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“(…) quando queremos mudar algo (mesmo no mundo que nos rodeia) pode ser dificil devido aos “vectores gravitacionais” que controlam a “nossa” liberdade.”
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Sim, de fato. Por isso me lembro de um trecho do filme Cruzada (estrelado por Orlando Bloom) quando seu personagem conversa pela primeira vez com seu rei após receber o título de Barão de Ibelin. Eis alguma coisa do trecho do diálogo:
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“Um rei pode conduzir um homem ou um pai pode assumir um filho. Mas lembre disto: mesmo se àqueles que o induzirem forem reis ou, homens de poder, sua alma pertencerá apenas à você”
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Percebes? Toda mudança profunda e verdadeira começa a partir de nós mesmos. Não se faz sempre necessário querer (no sentido de impor) mudar o mundo ao seu redor. Antes de qualquer coisa, mude a si mesmo. As mudanças que queremos, exteriormente, certamente virão. 😉
Sobre o “Caso Relvas”, bom, li algo a respeito no Público e no Bitaites. Não trocaria um Nikola Tesla, do mais baixo de sua ingenuidade, por 1000 pessoas com cargos públicos relevantes. 😉
Abraços cordiais.
“Um rei pode conduzir um homem ou um pai pode assumir um filho. Mas lembre disto: mesmo se àqueles que o induzirem forem reis ou, homens de poder, sua alma pertencerá apenas à você”.
Concordo plenamente. Apenas na visão egocêntrica, pois existem coisas que não se passam connosco e que dá cá uma volta ao estômago. No entanto, é esta a moral que nos liberta das amarras.
Só que tudo é cingido ao contexto em que estamos inseridos, tendo em realce obviamente o que “queremos mudar”. Sim, estou a falar de politica. 😉 )
Portanto concordo quando diz “Não trocaria um Nikola Tesla, do mais baixo de sua ingenuidade, por 1000 pessoas com cargos públicos relevantes.”, nem mais. 😉
Abraço.
Obrigado Cavalcanti por nos trazeres este texto cheio de energia de Roberto Shinyashiki.
abraços
Author
Por nada, Alves. 😉
Abraços. 🙂
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