Já dissemos tudo sobre a Profecia Maia, neste post.
E neste post, demos a notícia que foi encontrado o calendário Maia mais antigo de sempre.
Entretanto foi descoberto mais um texto Maia que refere a data 13 Bak’tun.
A descoberta foi feita no sítio arqueológico de La Corona, na Guatemala, cujo nome no Período Clássico era Sak NikTe’ (“Flor Branca”).
Era uma cidade sob a influência de Calakmul, que juntamente com a sua rival Tikal, era uma das duas potências da região durante o período clássico.
O exército do rei de Calakmul tinha sido derrotado em 695 num confronto com Tikal. A inscrição em Tikal que descreve este confronto não afirma que o rei de Calakmul foi capturado nem que foi morto pelo que o destino do mesmo permaneceu desconhecido até agora.
Agora, este texto recentemente descoberto mostra que o rei de Calakmul, Yuknoom Yich’aak K’ahk’, estava vivo em 696. O rei de Calakmul usa a data de 13 Bak’tun numa manobra de propaganda, projectando a continuidade da sua dinastia até à data referida.
(nota: uma outra inscrição recentemente descoberta em La Corona refere que Yuknoom Yich’aak K’ahk’ morreu pouco tempo depois, a 31 de Março de 698. Claramente os dotes divinatórios do monarca não eram o seu forte)
Ou seja, o que este texto Maia com 1.300 anos mostra é que a data de 21 de Dezembro de 2012 não foi escolhida como qualquer data de fim-do-mundo, não foi qualquer profecia. Foi sim uma manobra de propaganda política de um rei para dizer aos seus súbditos: “Não acreditem nas notícias da minha morte. A minha dinastia continuará para todo o sempre”. Só que em vez de “todo o sempre”, ele colocou uma data bastante no futuro (13 Bak’tun) para dizer que ainda iria celebrar essa data como rei. Como Hitler quando disse que o império Nazi iria durar 1.000 anos. E vários outros líderes fizeram o mesmo pela História. São puros discursos políticos, e em nenhum momento eles estão a dizer que o mundo iria acabar nessa data (em 2941, por exemplo, no caso de Hitler).
O texto destina-se assim a sossegar os espíritos das pessoas no século 7, e nunca para amedrontar as almas do século 21.
Este texto descoberto não é qualquer profecia. É sim um texto puramente político que relata 200 anos da história política de Calakmul, com os seus aliados e os seus inimigos.
Tal como o calendário Maia recentemente descoberto, este texto mostra que em tempos de crise (havia inúmeras guerras na altura e a civilização Maia estava em convulsão) os Maias referiam-se ao calendário para transmitir uma ideia de continuidade, de estabilidade. Os Maias não previram qualquer apocalipse porque, ao contrário da civilização ocidental actual, os Maias procuravam uma garantia de que nada iria mudar. Eles tinham uma forma de pensar completamente diferente da nossa.
Leiam mais sobre este assunto, em inglês, aqui, aqui, aqui, aqui, e aqui.
10 comentários
2 pings
Passar directamente para o formulário dos comentários,
Segundo indaguei, Adolfo Hitler antes de usar essa imagem do Eixo dos 1000 anos teria declardo a um jornalista inglês do The Times de Londres as seguintes palavras em 1934:
“At the risk of appearing to talk nonsense I tell you that the National Socialist movement will go on for 1,000 years! … Don’t forget how people laughed at me 15 years ago when I declared that one day I would govern Germany. They laugh now, just as foolishly, when I declare that I shall remain in power!
— Adolf Hitler to a British correspondent in Berlin, June 1934”
Source The Times, London.
Estaria ainda a refereir-se ao movimento NAZI (Nazional Socialist) mas desde logo a referir o que considerava o 1º Reich (ou Eixo) , que seria o Sacro Império Romano de Carlos Magno, e o 2ª Reich seria unificação e criação do Império Alemão com Bismarck.
Tem que ser visto à luz da época, Hitler pretendia obter as boas graças do exército e da Aristocracia Prussiana, desconfiada dum homem com origens plebeias e que não pertencia à elite de oficiais, no caso o Prsidente da Alemanha queria manter a independência do exército e de forma alguma submeter este à autoridade dos SA de Rohmer, então Adolfo Hitler declarou a lei marcial e mandou assassinar o seu corrfeligionário dos tempos do putch de Munique, quando AH foi preso e o seu futuro Chefe da Força Aerea, o outro criminoso, o Goering, ficou ferido.
Hitler teria imitado a expressão e a tentativa de legitimação de Mussolini, que já antes falara no Império Romano dos 1000 anos para justificar as suas invasões da Líbia, da Somália e da Abissínia (hoje Etiópia).
Quanto a Hitler, que de louco ou de parvo tinha nada, ele acompanhou este discurso com a doação de terras aos pequanos agricultores, algo que o tornou muito popular numa classe social muito mais baixa do que as aristocracia prussiana mas que representava o modo de vida tradicional da Alemanha. Hitler assim conquistava estas classes sociais e ainda caía nas boas graças do chamado “grupo Junkers” que era como se designavam os grandes industrias, que estavam bastante assustados com os SA., que os queriam liquidar numa “segunda revolução.”
Como se vê, foi uma manobra de propaganda política, só que no caso de Hitler foi cpmo se vê uma manobra complexa e sofisticada, própria de quem não olha a meios para atingir os fins.
É preciso não esquecer que Hitler neste tempo era muito bem visto pelas elites sociais e políticas, inclusive de Inglaterra, como uma barreira para o avanço do bolchevismo e como arauto da civilização. Como se sabe, conseguiu enganar a liderança política inglesa, desde o liberal Lloyd Gerge até ao conservador Chamberlain.
Hitler usou depois esta imagem dos 1000 anos em muitos discursos, tanto ele como os outros dirigentes nazis.
Carlos, gostaria do seu e-mail de contato.
Author
Lillo,
Tem na página de colaboradores 😉
http://www.astropt.org/colaboradores/
abraços
A complexidade dos comentários das pessoas gera um desespero aleatório aonde todos acham que o mundo vai ‘acabar”, isso se chama sentimento pois pensamos na condição humana e sempre vamos nos questionar para onde vamos ou de onde viemos.
Balela. Hitler era um imbecil que nao conseguiu prever nem a sua derrota. Como sou cristão e fiel, acredito nas palavras do Senhor – Nao cabe a mim e nem a vós saber o final dos tempos. Sabia Ele que o final será um evento aleatório e nao um evento preciso. O alinhamento galático é um evento preciso assim como podemos prever, quase que precisamente, quando iremos esgotar a terra de água, quando iremos acabar com nossas florestas, quando iremos acabar com todos os recursos naturais etc. Pelo sim pelo nao, no dia 20/12/12 as 20h irei encher a cara de pinga ao lado de minha família e tenho quase certeza que vou acordar dizendo – que dor de cabeça infernal, isso é o fim do mundo.
Author
Não cheguei a perceber o que era a “balela”.
Chegou a ler o post? Não parece…
O post é sobre a descoberta de mais uma inscrição Maia que prova que nada vai acontecer.
Qual é a balela afinal?
Devias era ler o texto, antes de verborreares. É engraçado, um tipo referir-se a uma “balela” e logo de seguida jurar a pé juntos que um velhote de barbas que flutua nas nuvens sabe quando vai ser o verdadeiro “fim do mundo”.
O facto de seres cristão, deveria ser suficiente para saberes que em matéria de apocalipse, não houve mais distribuidores de balelas como os próprio cristãos. E todos eles falharam redondamente!
Verdade ao mentira, já nao falta muitos dias para se ficar a saber a verdade!… Eu cá, muito honestamente já estou a fazer as malas… mas é para passar as férias de Natal em PT vindo do Lux… e tu, já fizeste as malas?
Author
Não é preciso esperar. Já se sabe a verdade. NADA vai acontecer como é explicado em vários artigos aqui no blog.
A beleza da noticia está (para mim) na descoberta destas pedras com tanta informação. Para fins políticos ou não foi realmente uma descoberta fantástica e importante para o mundo da arqueologia 🙂
[…] Documentário. Laser. NASA. Filmes. Rádio. Artigo. Palestra. Sagan. Matar pessoas. Consequências. Inscrição Maia sobre fim-do-mundo. Calendário Maia mais antigo. Roma (rescaldo). Betelgeuse. Vénus explodir. 20 de Dezembro. Gliese […]
[…] uma inscrição Maia recentemente descoberta mostra que “data de fim-do-mundo” é uma inscrição política de propaganda. nada […]