Ascensão

No passado domingo dia 12, por razões familiares, tive que assistir a uma missa.
Passei 14 anos nos Salesianos, por isso assisti a muitas missas. Mas a verdade é que há para aí 20 anos que não assistia a uma missa deste género.

Este post vai ser escrito de uma forma mais pessoal. O objectivo não é ofender ninguém obviamente. Mas sim dar uma ideia das minhas percepções actuais, e de como elas mudaram em somente 2 décadas.
Há 2 décadas, teria bebido tudo o que foi dito, de forma acrítica, com base somente na crença daquilo que está escrito num livro assente em 4 histórias escritas por pessoas que não presenciaram os supostos acontecimentos originais. Actualmente, tive uma percepção completamente diferente e estava constantemente a ligar a outras coisas que entretanto fui lendo e ouvindo.

Por uma daquelas coincidências que somente podem ser explicadas pelo filme Matrix, o tema da missa era a Ascensão de Cristo.

Ascensão-de-Jesus-aos-Céus

Sem surpresa, devido ao tema da missa, senti-me um Giorgio Tsoukalos, sempre a imaginar Cristo como um astronauta e sempre a assumir que os 30 anos de que nada sabemos dele, foi quando ele esteve a treinar para astronauta nalgum sítio similar ao centro da NASA em Houston.

Algumas partes também me fizeram reviver memórias de He-Man, Dragon Ball, e outros desenhos animados. E lembro-me perfeitamente de ter pensado: os Pastafarians têm tudo isto e ainda se vestem de piratas.

Lembro-me sobretudo de pensar inúmeras vezes em Horus, um dos deuses egípcios.

Uma imagem que me ficou na memória foi o turíbulo, que difunde fumo de incenso. Sem querer ofender ninguém, na altura, só me vinha à cabeça as primitivas máquinas de fumo em filmes de ficção científica.

Será estranho só me lembrar de coisas ligadas à astronomia, desenhos animados, e ficção científica?

Por último, volto à “história do astronauta”, porque há quem faça dinheiro com isto, vendendo brinquedos para os miúdos e graúdos crentes nestas coisas:

jesus_astronaut

3 comentários

  1. “Dance Monkeys Dance”

    http://www.youtube.com/watch?v=8APbPfy3atg

  2. Eu estou entre acreditar em Mitra ou no Homem Aranha.

  3. Exclusivamente sobre o link inserido no artigo (“Parallels between Jesus and Horus, an Egyptian God”), com existência de inúmeros atenuantes, dos quais não far-se-á mais que o necessário (já tinha discorrido, anteriormente, acerca desse assunto: http://www.astropt.org/2012/01/08/em-busca-da-estrela-perdida/comment-page-1/#comment-51215):

    ______________________________________________

    – No trecho do proposto:

    ” If any copying occurred by the writers of the Egyptian or Christian religions, it was the followers of Jesus who incorporated into his biography the myths and legends of Horus, not vice-versa.”.

    ______________________________________________

    Nenhum dos primeiros cristãos (ou qualquer outro ao longo da História) incorporou a história (ou estória) de Hórus com a (história ou estória) de Cristo – salvo, seguramente, a oficialização da data de nascimento da figura-central cristã perante a comemoração considerada pagã do solstício de inverno pelo Imperador Constantino I. Acerca do primeiro, não há qualquer sentido incorporar – unicamente pelo fato de que a narrativa de Hórus, mantida a cultura egípcia, ser completamente diferente da literatura cristã.

    Os paralelos contidos no quadro comparativo constante do .pdf foram baseados, principalmente, pelas afirmações de Gerald Massey, egiptólogo, autor, dentre outros (um consta como referência primeira no .pdf), do livro “Ancient Egypt, Light of the World” e Tom Harpur, teólogo e padre, autor de “The Pagan Christ; Recovering the Lost Light” (livro este que consta como referência bibliográfica).

    Estes senhores, em seus livros, traçam um paralelo simplesmente especulativo, em alguns trechos, forçados, associados à total falta de referência às fontes originais – hieroglíficas e pictográficas – que sustentem suas respectivas afirmativas.

    Em face às evidências (ou a falta destas), não é de se ficar surpreso que as péssimas referências destes possam gerar documentários de caráter histórico-desinformativo – ausente e longe das fontes originais – tal como foi o “Zeitgeist”.

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