The Abyss (O Abismo / O Segredo do Abismo) é um filme de ficção científica, de 1989, criado pela mente de James Cameron.
É um filme fabuloso, com alienígenas subaquáticos.
O USS Montana, um submarino nuclear (com mísseis nucleares ativos), afunda misteriosamente com 156 tripulantes, após o encontro com um objeto submarino não identificado na Fossa Cayman.
Em plena Guerra Fria, os Americanos culpam os Soviéticos pelo incidente.
Como deixou de existir comunicação entre o submarino e as autoridades, é preciso enviar alguém para descobrir as causas do incidente, resgatar as ogivas nucleares, e tentar salvar os sobreviventes.
Devido às péssimas condições atmosféricas à superfície, uma equipa de forças especiais da Marinha Americana é enviada para uma plataforma submersa de exploração petrolífera, que se encontra 518 metros abaixo do nível do mar. Esta plataforma será o seu centro de operações.
A plataforma está ligada a um navio à superfície. No entanto, quando o furacão atinge a zona, parte tudo, e a plataforma subaquática perde a ligação física ao exterior. A plataforma cai ainda mais para o fundo. E, por sorte, fica perto do precipício, mas não caindo totalmente pela Fossa.
Mesmo assim, a falta de energia elétrica e sobretudo as elevadas pressões a que já se encontravam faz com que algumas pessoas comecem a sofrer distúrbios mentais.
Entretanto, enquanto tentam entender o porquê do acidente do submarino, a equipa militar e de técnicos na plataforma encontra estranhas criaturas subaquáticas. Quando percebem que as criaturas demonstram inteligência, passam a chamá-las de “NTIs — non-terrestrial intelligence” (inteligência não-terrestre).
Os NTIs começam a explorar a plataforma, com “sondas” em forma de colunas horizontais e flexíveis de água.
Coffey, o chefe da equipa militar, planeia enviar uma bomba nuclear para a Fossa – que parece ser a proveniência dos NTIs. Ele já está sob os efeitos da pressão, que o deixam paranoico.
Ele mete-se num submarino, com a bomba nuclear, de modo a levá-la para o precipício. Os civis Bud e Lindsey metem-se noutro submarino e vão atrás de Coffey. Conseguem danificar o submarino de Coffey, que cai na ravina. Com a pressão, o submarino “implode” e Coffey morre. No entanto, a bomba nuclear é enviada num pequeno aparelho para a Fossa, e está programada para explodir em 3 horas.
Bud voluntaria-se para ir atrás da bomba nuclear, para a desativar. Consegue fazê-lo a uma profundidade de 7 km. No entanto, já não consegue voltar – já não tem oxigénio para a viagem de volta. Ele despede-se de todos, dizendo que sabia que era uma viagem só de ida.
Bud começa a ver luzes no fundo da Fossa. Ele pensa que é o seu cérebro que já está a começar a pregar-lhe partidas.
Mas não. São os NTIs. Eles levam Bud para a sua nave, que se encontra a 8 km de profundidade.
Toda a equipa que se salvou está agora na superfície, após a passagem do furacão.
Para surpresa de todos, uma enorme nave sobe à superfície e Bud sai de lá… vivo.
Adoro este filme.
Comparo este filme ao The Thing, devido a ambos serem thrillers claustrofóbicos fabulosos.
Os efeitos especiais são excelentes e lindíssimos.
A coluna de água, a sonda alienígena, é espetacular.
Adorei que os alienígenas conseguissem controlar tão bem a água.
Aliás, é excelente que tivessem pensado em alienígenas aquáticos. Afinal, a superfície terrestre é constituída maioritariamente por água. Europa, lua de Júpiter, um dos locais mais prováveis para a existência de vida no sistema solar, é uma bola de água. Em Star Trek, existem episódios em que civilizações vivem em mundos de água. Por isso, parece-me excelente que se pense em civilizações avançadas que vivam dentro de água e que consigam manipular a água a seu belo prazer.
Adorei também a forma dos seres alienígenas. São transparentes. Parecem salpas.
E, claro, gostei também da alusão aos OSNIs – OVNIs Submarinos – Objetos Submarinos Não-Identificados.
Apesar de serem menos populares que os OVNIs, os OSNIs fazem também parte da cultura OVNI, já que existem testemunhos de OVNIs a entrarem e saírem dos oceanos.
A enorme nave alienígena que aparece no final é assombrosa. Gostei bastante dela porque deita ao lixo as nossas noções de escalas.
Gostei da ideia da respiração através de um líquido (em vez de ser a partir do ar). Só não sei a viabilidade disto…
Não gostei e não entendi algumas coisas no filme.
Porque os alienígenas estão escondidos nas profundezas dos oceanos terrestres? Além de promover as paranoias e conspirações, isto denota uma mentalidade geocêntrica.
Bud não deveria poder sobreviver a profundidades tão elevadas.
A nave alienígena não devia ter uma atmosfera adequada para os humanos. Parece-me demasiado antropocentrismo.
Os humanos deviam ter passado por um processo de descompressão antes de chegarem tão rapidamente à superfície (eles racionalizam que foram os NTIs que lhes proporcionaram isso, mas não há evidências, nem se percebe como).
Bud é salvo. Não devia. O filme não devia ter um “final feliz”.
A edição especial deste filme inclui mais algumas cenas.
Gosto de algumas dessas cenas, por exemplo, o conflito entre Bud e Lindsey é mais desenvolvido.
Detesto as explicações dadas pelos NTIs: eles criam enormes tsunamis para dizimar a Humanidade, porque consideram que a Humanidade só sabe destruir-se a si própria (guerras, ogivas nucleares, etc) e ao planeta onde está. No entanto, ao verem que Bud se sacrificou para salvar os seus companheiros, eles alteram os planos. A mensagem do filme é: a Humanidade ainda vai a tempo de acabar com as guerras e se unir pelo bem de todos. É uma mensagem totalmente antropocentrica e comum nos filmes: de que os ETs vêm cá para nos salvar de nós próprios e nos dar lições de moral. Não gostei.
Se nunca viram este filme, recomendo fortemente.
Foi um dos filmes que marcou a minha adolescência e que me fez ficar fascinado por ETs 🙂
2 comentários
Ótimo filme, mas acho essa de “Alienígenas escondidos” acho uma temática muito chata e sem muita lógica.
Preferia ver essa história como sendo seres terrestres que evoluíram nesse mundo abissal e inexplorado dos oceanos, esperando o momento certo para estabelecerem contato com as espécies da superfície do Planeta.
Concordo em absoluto, The Abyss e The Thing são dois dos meus filmes de culto ! Junto o Blade Runner e o Stalker (de Tarkovsky) e está a lista completa. Posso vê-los uma vez por mês – a riqueza de detalhes, de narrativas ( são polissémicos) e o requinte de realização não param de me espantar e comover.
Neste Abyss, o trabalho de Ed Harris é de salientar – provavelmente o melhor filme deste actor injustamente subestimado.
(por acaso, dispenso a edição especial, que descaracteriza e prejudica o ritmo do filme).
Obrigado pelo post.