Fim(ns) do Mundo

earth hands

Ao longo da História da Humanidade, encontramos uma sucessiva repetição de eventos que, no fundo, acabam por caracterizar de uma maneira mais ou menos realista os principais defeitos e qualidades do Homem: as guerras, as conquistas (sanguinárias ou não), a chegada a locais e culturas anteriormente considerados inexistentes ou inalcançáveis, amores, desamores, encontros e desencontros, curiosidades transformadas em feitos científicos e tecnológicos e… previsões do Fim do Mundo!

De facto, conseguimos encontrar registos de profecias do Fim do Mundo desde os primórdios da História do Homem…

No ano de 634 a.C, o Mundo era Roma! E, portanto, o fim de Roma seria o fim do Mundo… pelo menos para os Romanos. Nesse ano correu o mito que 12 águias revelaram a Rómulo um número místico, o número de anos que restaria a Roma; cada águia representaria 10 anos, o Mundo (Roma) acabaria 120 anos depois…

De 634 A.C. até aos nossos dias, conhecemos mais de 200 profecias do Fim do Mundo…

– o Mundo devia acabar, por exemplo, em 1186 porque João de Toledo encontrou um qualquer alinhamento de planetas que condenaria a Terra;

– o Mundo deveria acabar a 1 de fevereiro de 1524 porque, de acordo com vários astrólogos, uma enorme e planetária cheia que começaria em Londres iria destruir o planeta;

– o Mundo deveria acabar às 8h da manhã do dia 19 de outubro de 1533 porque o monge e matemático alemão Michael Stifel assim o calculou, seria esse o dia e hora do Juízo Final;

– o Mundo deveria ter terminado em 1874, a primeira data apontada por um movimento denominado “Estudantes da Bíblia”… mais tarde, anunciaram que, afinal, o ano certo seria 1878.. e, depois, seria 1916, ou 1918… ou 1925 (de acordo com a Bíblia);

– nos tempos mais recentes, os Adventistas do Sétimo Dia e Nostrodamus apontaram o ano de 1999 como o ano do Fim;

– a 1 de janeiro de 2000, mais de 778 seguidores de uma seita do Uganda suicidaram-se ou foram mortos pelos líderes da mesma após a recusa em admitirem que se tinham enganado na previsão de fim do Mundo no ano 2000;

– o Mundo deveria acabar a 5 de maio de 2000 de acordo com a seita «Nação Nuwaubiana» devido a mais um alinhamento planetário;

– e este ano tivemos pelo menos duas outras previsões de Fim do Mundo: 27 de maio (Ronald Weinland e a Igreja de Deus) e 30 de junho (José Luis de Jesús Miranda, Porto Rico, que afirma ser ao mesmo tempo a 2ª vinda de Jesus Cristo e o Anti-Cristo)…

E já foram anunciados futuros Fins do Mundo: 2018-2028, 2020-2037, 2129, 2240, 2280…

Há, portanto, um aspeto em que as profecias do Fim do Mundo são absolutamente coerentes, infalíveis: na sua completa inutilidade e falhanço monumental!

Porém, os anúncios do Fim do Mundo aparentam ter algo de irresistível para curiosidade e criação de uma espécie de “semente de medo” na sociedade; na verdade, a proclamação de um segredo de natureza ou dado por entidades esotéricas incontestáveis é uma forma de poder!
Ironicamente, numa era da Humanidade em que a evolução da Ciência & Tecnologia é absolutamente vertiginosa e em que, supostamente, deveríamos ter uma sociedade global mais culta do ponto de vista científico, um estudo da Reuters afirma que 15% das pessoas em todo o mundo, e 25% dos Americanos, acreditam erradamente que o mundo vai acabar proximamente! Temos, portanto, uma enorme fatia da população que pode ser potencialmente alvo de fraudes e charlatanices por parte de indivíduos e organizações com fins muito pouco cívicos e cujo único objetivo consiste em acabar com o Mundo… de quem acredita em teorias do Fim do Mundo.
Denunciar, informar e educar esse tipo de abordagens utilizando a argumentação científica (porque frequentemente os burlões, líderes de seitas, etc… utilizam precisamente dados pseudocientíficos para atingirem os seus objetivos) é uma obrigação nestes tempos sensacionalistas!

O sequestro de bens monetários (e não só – ao longo da História conhecemos inúmeros casos de vidas humanas ceifadas devido a anúncios apocalípticos!) tendo como pano do fundo o Fim do Mundo vem apenas provar uma triste conclusão: em todo e qualquer cenário de previsão apocalíptica, o Homem tem sempre a temer muito mais do próprio Homem do que da Natureza!

Repare-se também num outro pormenor não menos importante nesta discussão: geralmente é apontado pelos protagonistas e criadores principais (e não só) deste tipo de teorias – e defendido por quem os segue – a enorme arrogância da Ciência em tentar contradizer, denunciar ou expor a total fraqueza argumentativa dessas mesmas teorias; porém, de uma maneira geral, estas teorias apresentam profundas razões de ordem esotérica, não sendo pouco frequente a citação de uma qualquer “energia especial desconhecida da Ciência”, “um planeta que a Ciência não consegue encontrar” ou um qualquer “alinhamento cósmico com uma energia incompreensível para os Humanos” ou ainda o enorme poder de influência que uma qualquer civilização extraterrestre desconhecida da Ciência tem no nosso planeta e seus habitantes … a pergunta, então, parece ser óbvia: de que lado está, então, a arrogância?
Se são apresentados argumentos absolutamente exteriores ao conhecimento humano, não testáveis, que apresentam enormes debilidades científicas, então a arrogância está do lado de quem, face à derrota argumentativa, tenta passar a ideia que “será assim… porque sim”!
É da exclusiva responsabilidade dos defensores, criadores e promotores das teorias do Fim do Mundo provar de uma maneira inequívoca as suas previsões. Repita-se: inequívoca! Não é da responsabilidade da Ciência provar as suas contradições, apesar da mesma o realizar por uma questão cívica e, também, porque sempre que são apresentados “dados científicos” como arma de legitimação dessas teorias, a Ciência rapidamente demonstra a total ausência de Ciências nas mesmas! Caso contrário, caímos no perigoso paradoxo do Pai Natal: é possível provar a não existência do Pai Natal? Não! Então é porque, se calhar, ele deve existir…

Passemos, então, a analisar de uma maneira mais particular os vários motivos apontados para mais um fantasioso Fim do Mundo, desta vez para o dia 21 de dezembro de 2012. (Cliquem nos links para saberem mais)

1. Nibiru, esse extraordinário e enigmático planeta.

Nibiru é, supostamente, um planeta descoberto pelos Sumérios que completa uma órbita à volta do Sol a cada 3600 anos. E, aparentemente, caminha pelo Cosmos com um único objetivo: chocar com a Terra.
Zecharia Sitchin, um escritor de ficção cujos livros versam sobre essa antiga civilização da Mesopotâmia, afirma que descobriu vários documentos da mesma que comprovam a descoberta desse planeta. Essas lendas sumérias contam também encontros com extraterrestres (Antigos Astronautas) – os Anunnaki.
A novela adensa-se: Nancy Lieder, uma senhora com poderes psíquicos, afirmou que conseguiu estabelecer comunicação com extraterrestres que lhe terão dito que a Terra estaria em apuros porque aproximava-se a grande velocidade um Planeta X… ou Nibiru! E até tinham uma previsão para esse impacto catastrófico: maio de 2003. Claramente, a previsão correu mal. Afirmou, então, que houve um problema de cálculo… a data certa seria… dezembro de 2012!
O “mito urbano”, as redes sociais e a internet encarregaram-se do resto, ou seja, de ligar a profecia de Nibiru de dezembro de 2012 com a suposta profecia Maia do dia 21 e… então temos que Nibiru, esse planeta que, embatendo com a Terra a 21 de dezembro já teria de ser visível a olho nu (!!), seria o ator principal da nossa catástrofe!
Escusado será dizer que nunca foi apresentada uma qualquer prova científica para a existência desse planeta: um dado orbital, uma massa, uma origem, qualquer coisa… quando os astrónomos anunciaram há uns anos atrás a existência de um outro suposto planeta no nosso sistema solar – Éris, um planeta anão mas que nem sequer tem essa categoria, tal como Plutão trata-se de um “corpo trans-Neptuniano” – muitos pensavam que esse seria o famoso Nibiru! Problema: trata-se de um corpo celeste que nunca irá encontrar-se com a Terra e corpos trans-Neptunianos existirão aos milhares (sem qualquer perigo para a Humanidade).
Curiosidade: Nibiru é um nome que tem origem na astrologia Babilónica e é associado ao deus Marduk. Tem um papel menor num famoso poema babilónico relacionado com a criação do Universo, o Enuma Elish. Os vários estudiosos académicos sobre a antiga civilização babilónica não conseguem encontrar nenhuma relação entre este tal deus, o poema e um qualquer planeta…

2. A “profecia” Maia

Os calendários são ferramentas interessantes, cada vez mais “afinados” devido à evolução da Ciência & Tecnologia; porém, desde os mais ancestrais calendários até aos mais atómicos e contemporâneos, conservam uma curiosa característica: não conseguem prever o futuro! Muito menos o calendário de uma civilização que não dispunha dos enormes conhecimentos que temos hoje sobre o Universo e que não tinha um método de contagem e “arrumação” do tempo igual ao nosso.
Citando a ironia do astrónomo Neil DeGrasse Tyson, “é muito complicado acreditar em profecias do Fim do Mundo provenientes de uma civilização que nem sequer conseguiu prever o fim da sua própria civilização”!
O 21 de dezembro do calendário Maia corresponderia ao nosso 31 de dezembro – a mudança de ano e não o fim do Mundo. Apenas o fim de um período de tempo a que se seguirá um novo período de tempo. É só isso!

3. A inversão dos pólos magnéticos da Terra

Eis uma profecia de Fim do Mundo um pouco mais sofisticada cientificamente mas não menos errada: a de que vamos assistir a uma inversão dos polos magnéticos da Terra; o norte magnético passará a ser o sul magnético e viceversa.
Na realidade, esse fenómeno já aconteceu várias vezes. E, em todas essas ocasiões, não há qualquer registo de catástrofes para a vida na Terra!
Em média, a cada 200.000 ou 300.000 anos esse fenómeno ocorre e não é algo de instantâneo: ocorre durante centenas ou milhares de anos, jamais será um fenómeno de extrema rapidez!
Os fósseis e as rochas são como uma caixa negra que regista a história geomagnética do nosso planeta e contam-nos que esse tipo de fenómeno não é inédito. E, para além de não ser inédito, nunca apresentou qualquer risco para a vida na Terra. Tivemos sempre alterações mais ou menos profundas na orientação do campo magnético da Terra e nada nem ninguém se apercebeu de tal fenómeno…

4. Um raríssimo e perigoso alinhamento: dos planetas, da Terra com o Sol e o centro da Via Láctea e o buraco negro que por lá reside.

Não há nenhum alinhamento planetário em 2012 e qualquer simulador da mecânica celeste que podemos encontrar na internet apresenta isso de uma maneira irrepreensível!
Quanto ao alinhamento com o centro da Via Láctea… o Sol (e a Terra e restantes corpos do Sistema Solar) encontra-se a 30.000 anos-luz do mesmo e demoramos cerca de 225-230 milhões de anos para dar uma volta a esse mesmo centro. A distância a que estamos desse tal gigantesco buraco negro central (que existe) é absolutamente segura, pelo que não devemos temer qualquer influência gravitacional do mesmo. Aliás, a influência gravitacional que sofremos da Lua ou do Sol é bem mais intensa e nunca nos lembrámos de associar a força gravítica de ambos como causa para o nosso apocalíptico desaparecimento!
Uma pequena ideia sobre o “perigo” dos alinhamentos planetários… vamos imaginar que temos um caso de alinhamento perfeito de todos os planetas; quais seriam as consequências (puramente gravitacionais) para o nosso Sol e, logo, para o nosso planeta? Rigorosamente nenhuns! Imaginemos que o Sol é uma bola de bowling e que os planetas são meras moscas… será que a bola de bowling (Sol) mexe-se apenas devido à força gravitacional das moscas (planetas)? Evidentemente que não e essa é uma comparação fiável que podemos fazer com o alinhamento planetário.
Quanto ao alinhamento Sol-Terra-centro da Via Láctea: sim, é verdade…. ocorrerá (bom, quase… não será um alinhamento perfeito). Porém, será igualmente importante realçar que este “alinhamento” acontece em todos os dias 21 de dezembro de qualquer ano e nunca houve registo de quaisquer danos no nosso planeta devido a tal “alinhamento”.

5. Impacto de cometas ou outros corpos

A Terra, de facto, tem um trauma histórico com este tipo de incidentes: há 65 milhões de anos atrás, um enorme asteróide chocou com a Terra, destruindo cerca de 75% dos seres vivos. Foi o fim do reinado dos dinossauros.
Somos um bocadinho mais inteligentes do que os dinossauros mas a verdade é que ainda não temos nenhuma tecnologia minimamente fiável que nos proteja de tal catástrofe. Ou seja, presentemente estaríamos na mesma posição dos dinossauros, em total impotência face a “más notícias” e maus encontros com enormes rochas espaciais. Porém, os vários programas que existem atualmente dedicados à vigilância espacial de cometas, asteroides, meteoros e outros corpos celestes permitem assegurar que não há nenhum, rigorosamente nenhum, objeto celeste em rota de colisão com a Terra. Aliás, à medida que nos aproximamos da suposta data calamitosa, mais próxima estaria de nós tal objeto e, consequentemente, mais visível se revelaria. Portanto, neste caso, “no news is good news”!

6. Um pico máximo da atividade solar e as suas desastrosas consequências.

O ciclo solar apresenta máximos de atividade geralmente de 11 em 11 anos. Estes picos de atividade podem, de facto, acarretar alguns problemas eletrónicos aos nossos satélites, afetando as comunicações e os sistemas de posicionamento geográfico.
Porém, e de acordo com as últimas observações e modelos astronómicos, estima-se que o próximo pico de atividade será em 2013 ou 2014 e, de acordo com os registos, será fraco.

7. O assombroso cinturão fotónico

À medida que nos aproximamos do dia 21, será expetável ver a Terra e parte dos seus habitantes passarem por uma Cintura de Ignorância e Falso Alarmismo que é bem mais preocupante que esta Cintura de Fotões!
A origem deste boato/argumento New Age está em supostas “descobertas secretas” feitas pelas sondas Voyagers que, aparentemente, confirmam a entrada das mesmas nesse tal Cinturão. É verdade que as sondas Voyagers estão a atravessar territórios nunca antes conhecidos. A NASA nunca fez segredo à volta disso. Aliás, periodicamente as Voyagers enviam informação científica precisamente sobre esse meio que demarca o fim da influência do Sol e o início do espaço entre as estrelas – o meio interestelar. As Voyagers têm enviado informação precisamente sobre essa zona que, como em qualquer descoberta científica, têm suscitado a curiosidade, a surpresa e, em alguns casos, a confirmação de teorias científicas sobre o mesmo. Porém, nenhuma das surpresas descobertas pelos cientistas têm qualquer tipo de impacto no normal quotidiano terrestre, no nosso planeta ou no nosso Sistema Solar.
Note-se também que a Ciência, o seu funcionamento e método é um empreendimento global, que envolve o trabalho de um grande número de cientistas das mais variadas nacionalidades. Ou seja, não é possível reter e trabalhar informação científica sem que a mesma seja imediatamente espalhada por várias nações, por vários cientistas, o que cria um natural problema para qualquer teoria da conspiração…
Voltemos aos fotões e ao Cinturão. O que os últimos dados que as Voyagers relatam dão-nos conta da descoberta de uma nuvem interestelar que contém elementos que são do total conhecimento (inofensivo) dos cientistas. Estes tipos de corpos astronómicos são absolutamente triviais, comuns na nossa galáxia, em qualquer galáxia! Pode o nosso Sistema Solar entrar nessa nuvem? Pode, mas, ao contrário da expressão popular, tudo será a mesma coisa!
Um outro pormenor não deve ser esquecido: o Sol é um enorme protetor do Sistema Solar; a sua helioesfera, esse enorme “cobertor elétrico” que faz estender a ação do Sol muito para lá do reino dos planetas e dos cometas, protege todo o nosso Sistema Solar das partículas ou cascatas de partículas energéticas que encontramos ou vamos encontrar durante a viagem do Sol (e, por consequência, de todo o Sistema Solar) à volta do centro da Via Láctea. Para além da proteção do Sol, toda e qualquer “partícula agressora” tem ainda de travar outra guerra com outras camadas protetoras antes de chegar à superfície terrestre – nomeadamente com a própria magnetosfera da Terra e, de seguida, com a atmosfera da mesma. Ou seja, tal como as famosas bonecas russas matrioska, toda e qualquer partícula energética mais ou menos maldosa terá de ultrapassar vários e poderosos “muros” até atingir a nossa superfície e os seus habitantes…
Todos os dias, a todas as horas, a todos os minutos, a todos os segundos, a Terra é banhada por uma enorme barragem de fotões… e ainda bem! Porque isso é sinal que giramos à volta de uma estrela saudável, bonita e responsável pela vida aqui na Terra – chama-se Sol! E esses fotões são autênticos heróis: entre colisões, absorções e emissões, estas partículas, que têm origem no interior do Sol, demoram aproximadamente 30.000 anos a fugir do mesmo, começando, depois, uma viagem de apenas 8 minutos até chegar à Terra!
Portanto… cintura de fotões? Sim, por favor!

Assim, e como facilmente se conclui, o Cosmos bem se pode rir da Humanidade quando a mesma lhe imputa culpas apocalípticas que lhe são completamente alheias…

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Este é um texto escrito pelo Miguel Gonçalves, que autorizou a sua publicação no AstroPT.

8 comentários

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  1. Caso o mundo acabe amanhã, vejo quatro coisas boas:
    1 – o problema da dívida portuguesa fica resolvido;
    2 – o Glorioso será campeão porque o Porto já não fará o jogo em atraso;
    3 – os histéricos do apocalipse já não voltam à carga com novas profecias;
    4 – ninguém virá aqui dizer que o Carlos estava errado…

  2. Extra, extra…Grupo liderado por vidente estoca alimentos para ‘fim do mundo’

    Ela diz que a partir do dia 21 vários ‘fenômenos’ irão acontecer.
    Historiador explica que teoria é erro de interpretação de calendário maia.
    Livros, água, alimentos, remédios e roupas de frio fazem parte de uma lista de itens de sobrevivência de um grupo em Porto Velho. Lideradas pela vidente Eunice Coelho, as pessoas já têm diversos produtos estocados em um abrigo secreto, localizado na área rural da cidade, numa preparação para o dia 21 de dezembro — quando, segundo uma teoria controversa baseada no calendário maia, aconteceria o “fim do mundo”.

    “Não tenho como prever o dia certo porque as entidades espirituais trabalham com datas aproximadas”, diz Eunice. “Eles foram claros ao dizer que devíamos nos preparar para coisas ruins”, afirma.

    “É O FIM DO MUNDO MESMO”…RSRSRS

    fonte : http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2012/12/grupo-liderado-por-vidente-estoca-alimentos-para-fim-do-mundo.html

    1. Os únicos videntes são os cientistas… 😉

  3. Apesar de grande, é um texto que vale mesmo a pena ler. Uma coisa que nao entendi: o alinhamento entre a Terra, o Sol e o centro da Via Láctea é possível devido “apenas” à Terra? Visto que a Terra orbita o Sol, e se imaginarmos uma linha que une o centro da nossa galáxia e o Sol, então quando a Terra intersecta essa tal linha imaginária é que se dá o tal alinhamento? Não sei se expliquei bem a minha dúvida, mas pelo menos tentei xD

    1. Tem razão, são os 3 😉

      Com o eixo da Terra inclinado na “direcção correcta”… daí a Terra ter um papel mais “activo” neste alinhamento 😉

      abraços

        • Pedro on 18/12/2012 at 12:49

        Obrigado pelo esclarecimento. Fiquei com essa dúvida e achei por bem tirá-la. Continuem com o bom trabalho AstroPT 😀
        ja visito o site à bastante tempo e desde que comecei tenho aprendido bastante (o que me dá bastante jeito, visto que estou a frequentar uma licenciatura em Astronomia).

        abraços 😀

  4. Vou citar a seguinte frase no meu FB: “Há, portanto, um aspecto em que as profecias do Fim do Mundo são absolutamente coerentes, infalíveis: na sua completa inutilidade e falhanço monumental!”… Espero que não se importe, mas aqui na Beira Baixa andam todos malucos com esta história do “Fim do Mundo”, penso que a sua frase resume na perfeição a estupidez deste tipo de profecias… 😉

    Grande Abraço, o AstroPT está cada vez melhor 🙂

    1. Realmente, tem toda a razão.

      Também adorei essa frase do Miguel 😉

      abraços

  1. […] Obsessão. Programação. Música (aqui). Lista: várias + wikipedia + 10 + 11 + Furadas + inutilidade + infografia. 12/12/12. Ig Nobel. Anos: Cometa Halley (1910). 2008. 2010. 2010. 2011. 2012. 2013. […]

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